Saturday, October 31, 2009
Wednesday, October 28, 2009
Chegará o dia?
Porque me admirei ao ver esta mãe cigana a ir buscar a sua filha a um espaço público onde estavam a decorrer desportos radicais para as crianças, em Portimão?!
Tuesday, October 27, 2009
Sunday, October 25, 2009
O Pintor
O pintor vai para a rua pintar com as cores que os turistas gostam...No fundo não pinta as paisagens nem as ruas da cidade onde vive. Pinta mecânicamente a sua sobrevivência e submete-se, diariamente, aos mais ignorantes comentários sobre aquilo que ele não gosta de fazer. Quando chega a casa, imagino, já não é capaz de pintar... fecha as janelas e vê uma única tela. Negra, integralmente negra.
Saturday, October 24, 2009
Falar à tôa
Vi hoje o debate entre o Saramago e o Padre "não sei o quê".
Não sei o quê, não é por falta de respeito mas é apenas a verdade; falou-se tanto em Saramago que os "não sei os quês" ficaram completamente anónimos.
Vi o debate (debate?!) na SIC'N e, confesso que fiquei com pena (afinal, como Saramago, tive uma formação católica) dos dois.
Nenhum deles sabia exactamente o seu papel.
Nenhum deles mostrou estar suficientemente convicto daquilo que afirmava.
Pelo contrário.
Saramago esboçou, mais do que uma vez, um pálido arrependimento.
O Sr. Padre, feitas as vénias ao Nobel, mais não disse do que era suposto.
A dada altura pensei que Saramago tinha a "coisa" na mão... Inteligência não lhe falta e, em certos momentos, usou-a bem.
Mas foi traído pela sua ortodoxia, herança já tão citada de um passado mal resolvido de uma cama mal dividida com Lenine, Marx e Engels...
Muito sinceramente não acredito que o "velho" precise de golpes publicitários com base em polémicas religiosas. Pelo contrário. Acho apenas que lhe dá um certo gozo...
Eu não vou comprar o anunciado "best-seller". Pela simples razão que, para ter uma opinião fundamentada teria de "mamar" a bíblia. E a isso não me obriguem.
A Bíblia, gosto dela (em pequeno formato) é um livro que, quando alugo um quarto de hotel, está normalmente na mesinha de cabeceira com um rótulo a dizer «não levar»...
Eu não levo e também finjo que nem faço ideia daquilo que lá vem escrito.
Com todo o respeito.
Friday, October 23, 2009
Executivo
Wednesday, October 21, 2009
Onde param as minhas fotografias? # 02
Tuesday, October 20, 2009
Monday, October 19, 2009
Friday, October 16, 2009
Thursday, October 15, 2009
Mundial
Só para que fique registado porque até me custa "falar nisto"...
O sangue contaminado
Não é bem sangue... é a mistura das minhas lágrimas com o veneno que já me fez chorar.
Wednesday, October 14, 2009
Tuesday, October 13, 2009
Quando eu voltar
Monday, October 12, 2009
Autárquicas'09 - Beja
E fora dela também... uma boa acasião para re-re (editar)este POST...
Autárquicas'09 - Resultados
Sunday, October 11, 2009
Hoje é dia de Eleições Autárquicas
Saturday, October 10, 2009
Portugal x Hungria
Friday, October 09, 2009
As vacas, os Números e Nós
As vacas não têm nome, são apenas números;
Nós temos nomes mas também, como as vacas, somos tratados como números. Números, mais ou menos relevantes, consoante a conta para o que eles contam...As vacas não fazem a mínima ideia do seu número nem tão pouco do número do dia em que se serão convertidas em bifes, para nós, os outros números, comermos. As vacas não nos comem e também não sabem que nós sabemos que o número do "nosso dia" chegará fatalmente. E que a partir daí, se o número que somos de pouco vale, apenas passará a contar para as mais mórbidas estatísticas.
Os que fazem de nós números também são (inúmeros) números, importantes, é certo, mas com o mesmo destino, apesar de raras vezes se lembrarem disso.
"Certeza". Fotografia: Gad, 2008
Barack Obama - Nobel da Paz
Contudo, fico satisfeito por ser Obama. Quanto ao resto, o tempo dirá se foi, ou não, justamente atribuído.
Do mesmo modo como segui a eleição de Obama para a presidência dos Estados Unidos da América, também quero aqui deixar um grande PARABÉNS OBAMA!
Tributo à Chuva
Gosto quando chove. Sobretudo de noite.
O ar fica limpo, fresco e a luz brilha em cada gota de água caída no chão. As pessoas passam, mais lestas, a caminho das "estações" das suas vidas. A fotografia agradece. O fotógrafo também... Supera, assim, subtilmente, os limites "ISO" e "f's" , prescritos pelo equipamento de que dispõe. Já pouco importa o que sabia, importa sobretudo o que quer descobrir, em "modo manual", fotografia após fotografia. E por vezes, surpreende-se, por gostar tanto da chuva.
Thursday, October 08, 2009
Onde param as minhas fotografias? #01
Esses registos serão objecto de uma análise sintética mas critica, procurando, com isso, acrescentar algo á simples constatação do abuso.
Em rigor, a utilização de fotografias com os direitos reservados, sem a expressa autorização do autor é crime e não serve de atenuante a habitual citação do nome do "artista" ou da fonte da "recolha". No entanto, salvo raras excepções, e no que me diz respeito, a utilização das fotografias da minha autoria não me incomoda e até, por vezes, me surpreende positivamente quando, por exemplo, serve para ilustrar textos, poemas ou pensamentos intelectualmente honestos, interessantes, e que não desvirtuam ou subvertem a mensagem fotográfica implícita.
Nem sempre é assim... há de tudo.
Neste primeiro post o autor do blogue «Objectiva Fotográfica - Campo Maior», ilustra o seu texto "Desenhar o vinho" sobre a Adega de Campo Mayor misturando fotografias retiradas de dois sítios distintos (este blogue) e da revista "Delta magazine, nº 26").
Para além do atrevimento(não lhe ficava nada mal pedir a devida autorização para a reprodução das fotografias), é notável e paradigmática a ausência de qualquer referência ao autor da obra exibida e classificada ridiculamente como "monumento", o arquitecto Álvaro Siza Vieira
Entre outras coisas sem aparente importância estas (as citadas) dizem muito da qualidade e da seriedade dos blogues e dos seus autores.
Sexta-feira, 2009-10-09
Não esperava, confesso, que esta minha iniciativa tivesse algum resultado didático. Mas o João Paulo, criticado no post "inaugural" surpreendeu-me e bem. Para além de uma res(posta) civilizada ao que parece entendeu a critica como construtiva. Um incentivo para continuar...
Posto, por isso a sua resposta, destacando-a da caixa de comentários, e acrescento um Bem-haja e um abraço aqui de Oeiras!
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«Boa tarde.Venho por este meio agradecer o alerta e desculpar o mau estar provocado.
A minha intenção era e é: - promover a instituição em causa, e por sua vez o autor das fotografias, e promover a minha terra Campo Maior, e não causar mal entendidos. O não divulgar o nome do arquitecto foi por lapso da minha parte, o qual agradeço. O colocar entre aspas a palavra monumento não foi ridicularizar nada nem ninguém, foi simplesmente uma forma de escrever, que como sei cada um interpreta como bem entende. No entanto, mais uma vez, agradeço este alerta para futuras postagens.
Obrigado. JPA
ps. o post foi corrigido e reformulado.
Friday, October 09, 2009»
Imagens de campanha' 2009
Wednesday, October 07, 2009
A utopia de uma Liberdade Plena
Entre a utopia de uma Liberdade Plena e as noites vividas perigosamente....onde as "passadeiras" inventadas pelos homens não fazem qualquer sentido.
Adenda a um post recente
Fora de horas, junto ao jardim em frente à pequena Capela de Santo Amaro, cruzei-me com ele e interpelei-o: _ " sabe? Ontem escrevi uma coisa sobre si no meu blogue...e não me sentiria confortável se não lhe dissesse.
O simpático senhor, agora já lhe conheço o nome - Luís - que me viu tirar a fotografia que postei no artigo, apenas me perguntou se "já tinha fechado o texto..." "É porque as coisas não são bem o que parecem", desabafou. E disse mais... "Há quem não queira, sabe?!
Não, não sabia. Sei há muito que há gente para tudo. Mas o Sr.ª. Luís conhece pelo menos um caso de quem não tenha querido uma cadeira de rodas eléctrica...
Em tudo o resto, da descrição do texto que lhe fiz, estava de acordo e acrescentou alguma "lenha" para a fogueira da indiferença autárquica. falou-me com gosto, e com um brilho nos olhos, de uma livraria "Havanesa", junto à Igreja Matriz, cuja dona mandou fazer uma pequena rampa para que ele pudesse "visitá-la" mais confortavelmente. Uma iniciativa tão simples e tão humana, pensei.
Contou-me também um momento que guarda com tristeza, quando, uma das rodas da frente da sua cadeira se soltou e ele se viu tombado, numa posição «perigosa para os cotos» - "É esse o meu grande problema...". Por perto estava um homem que ele conhecia de rapaz e que se escusou a ajudá-lo justificando-se com uma "oportuna" maleita nas costas...
Foi uma conversa perturbadora mas profundamente humana. confirmei aquilo que pensava. Aquele homem tem uma enorme força, uma enorme coragem.
Não nasceu sem pernas, fiquei a saber. Foram as diabetes que lhe levaram primeiro uma e depois a outra perna cortando-lhe também uma carreira próspera no sector bancário. Perturbador mesmo foi saber que, com a idade que tem, e a vida que já teve, diz sem pudor mas com um ar solene: " não tenho um único amigo" .
Oeiras - Autárquicas - Isaltino?
Acontece que vivo (vivo mesmo, não durmo) em Oeiras, mais especificamente no centro histórico de Santo Amaro.
E, como não durmo, (vivo) tenho muitas razões para não votar em Isaltino de Morais.
Em síntese, para não me "esticar demasiado" as minhas razões têm a ver com princípios estruturantes e dinamizadores (ou não) dos centros históricos e das vilas ou cidades
Em Oeiras o centro histórico é um deserto e o comércio local é literalmente desprezado
Por outro lado, não alinho em "execuções sumárias", venham elas da esquerda, do centro ou da direita.
Tanto me faz que agora Isaltino seja acusado de actos ilicitos como "amanhã" seja outro qualquer o "nomeado" para os óscares do mal...
As únicas e consolidadas razões que eu tenho para eventualmente votar em Isaltino são as alternativas que se apresentam, quer da parte do PS (por amor de Deus), quer da parte do PSD (por amor da Santa).
É que o Isaltino, com o seu charuto em riste, fez obra que é reconhecida pelas gentes do burgo. e a "malta" gosta dele... e mais nada!
O Sr. João
Há um ano que vejo passar este senhor pela rua onde moro, invariavelmente às 16:30 nas tardes em que fico na varanda a ver "passar a vida".Por diversas ocasiões, fotografei-o na sua rotina de ida e vinda ao "Mini-Preço" para as compras do dia.
Contudo, havia nele algo que me intrigava; o andar pesado, o semblante triste e sobretudo os passos mecânicos de quem cumpre um ritual a que é obrigado. Fotografei-o em diversas ocasiões como fotográfo muita gente que passa na "minha rua".
Só hoje edito uma fotografia do Sr. João porque finalmente quebrei o muro de silêncio que entre nós existia, pontualmente subvertido por uns breves acenos, e fiquei a saber um pouco da história desse homem que tanta empatia me causava. O Sr. João, é natural de Cabo-Verde e já lá não vai há mais de 15 anos. É um homem só, apesar dos filhos (emigrantes em França), e de uma mulher de que já não quer falar. Entre palavras e retratos retive uma que ele "deixou sair" quando lhe perguntei se os filhos não lhe davam "uma ajuda"...« Não gosto que mandem em mim!... os filhos, depois de casarem mudam e já querem mandar no pai...» Foi mais ou menos assim que sr. João, de cabelos brancos e andar pesado, justificou, à sua maneira, a sua solidão mas também, para mim, a sua Liberdade...
Fotografias: Gad. Santo Amaro de Oeiras, 2009
Tuesday, October 06, 2009
Sunday, October 04, 2009
Dia Mundial dos Animais - A Lagartixa
Hoje é o dia dos animais...
Em casa temos um cão (que salvámos do abandono), um gato (que adoptámos em bébé), mais de cinquenta peixes distribuídos por dois aquários, moscas, pulgas e bichos da madeira.
Contudo escolhi uma pequena lagartixa-Ibérica (o meu filho tratou da pesquisa) que ontem nos veio visitar, saída do pequeno quintal que há "lá em baixo".
É um animal como os outros e, tal como a osga, pertence, quanto a mim, a uma espécie de "minoria étnica" dos animais que andam pelas nossas casas. A generalidade das pessoas tem "nojo" ou até "horror" a estes simpáticos bichinhos que, para além de bonitos cumprem brilhantemente o papel de mata-mosquitos e de outros terroristas potencialmente portadores de vírus do tipo H-N1 ou "lá o que é".
A propósito, e se ainda houver alguns "dias mundiais" livres proponho um "Dia Mundial dos Animais Abandonados" e um "Dia Mundial das Bestas que abandonam os animais".
Os Candidatos a autarcas, as cadeiras de rodas eléctricas e o desprezo que tenho por eles.
De vista, de me cruzar com ele inúmeras vezes na rua e de trocarmos cumprimentos e, sobretudo de o admirar.
Somos praticamente vizinhos, desde que me mudei, há um ano, para Santo Amaro de Oeiras.
Vejo-o de dia, na sua rotina, vejo-o, por vezes, à noite quando nos cruzamos na rua do café onde paro sempre que vou passear o meu cão. Ele não toma café mas compra cigarros.
Resumindo: tem uma qualidade de vida que nunca teria sem a sua cadeira de rodas motorizada.
Penso nisso muitas vezes... Na quantidade de pessoas que, por diversos motivos, estão condenadas ao isolamento, à solidão, a uma vida vazia de tudo apenas porque não podem sair de casa.
Quando vejo os políticos em campanha eleitoral, sobretudo para as autárquicas, como agora, altura em que "acordam" e se lembram das mais demagógicas e disparatadas ideias para "caçar votos", (ex: António Costa, o Porsche, o taxista e a bicicleta, ou as ciclopistas na "cidade das sete colinas") já não fico perplexo, apenas sinto um crescente e continuado desprezo por essa gente engravatada, de vistas curtas e rasgadas ambições.
E se um candidato à presidência de uma Câmara Municipal se comprometesse com os idosos e /ou deficientes motores dessa autarquia entregando, a fundo perdido, cadeiras de rodas eléctricas aos cidadãos em "prisão domiciliária", pagando-as com parte dos fundos da campanha?!
Desses não há... Preferem amealhar as "sobras" para depois as porem num qualquer "mealheiro" longe das vistas e dos corações.
Saturday, October 03, 2009
Friday, October 02, 2009
E Agora?!
Fiz esta fotografia há exactamente 5 anos. Decorria a campanha para as eleições legislativas de 2004 e eu estava em Braga.
Nessa altura o "Bloco" era "pequenino", Louçã marcava a diferença pela postura séria, pela retórica inteligente, por colocar o partido que liderava como uma opção válida para a esquerda democrática menos acomodada aos "vícios" do Partido Socialista ou à ortodoxia opaca dos comunistas.
Entre os meus registos fotográficos desse dia estão alguns que ilustram bem o modo simples, quase simbólico, como a campanha do Bloco de Esquerda (B.E.) decorria na grande praça da cidade. Uma mesa posta na rua e meia dúzia de jovens com ar sofrido, mas militante, esforçavam-se por distribuir panfletos e "frases feitas" aos pacatos cidadãos que por ali passavam nessa tarde soalheira.
Entretanto o (B.E.) foi crescendo e, como uma criança que não recebeu o carinho dos pais, tornou-se agressivo, intolerante, (irrascível) e violento.
Louça perdeu a compostura e, muitas vezes, sobretudo neste último ano, fez da Assembleia da República uma espécie de palco onde, no lugar da retórica perspicaz e oportuna expeliu ódios, insinuações e insultos distintos...
Transfigurado em "Pit Bull" de Blazer, garras cravadas na nobre madeira do varandim da sua bancada, dirigiu invariavelmente a sua raiva contra o mesmo homem - Sócrates - enquanto ali e por fora não escondia patéticas piscadelas de olho a Manuel Alegre.
Na campanha eleitoral que precedeu as legislativas deste ano, nomeadamente nos debates que decorreram, entre candidatos, na televisão, Louça não teve arte nem engenho para disfarçar o indisfarçável ; as suas profundas raízes bem fundadas na extrema-esquerda.
Pior, ficou claro para quem quis ver com alguma equidistância, a utopia, quase anarquista, daquilo a que o (B.E.) tem a audácia de qualificar como "Programa de Governo".
Mas o Bloco saiu reforçado das eleições. Não por ter convencido os portugueses que nele decidiram votar mas por ter acolhido grande parte da "desilusão" dos socialistas.
E agora?!
Sócrates tem um governo minoritário e está objectivamente fragilizado.
Por certo, a menos que o "pânico" lhe apague o Sentido de Estado, o (B.E.) não fará parte das suas contas de somar...
Restam-lhe duas opções: governar em minoria e ver as suas principais reformas (e alguns dos seus compromissos já assumidos internacionalmente) chumbadas, ou (tendo como certo que o Bloco Central está fora de causa) virar à direita e alinhar com Portas.
Qualquer dos cenários é preocupante...
A ver vamos.