Saturday, December 24, 2022

O Regresso?

 Há 7 anos (desde 2015) que não vinha a este espaço que tanto gosto e a que, em tempos, me dediquei com tão grande entusiasmo.

Foi com alguma dificuldade que agora encontrei o caminho para deixar esta breve mensagem.

Muitas coisas se passaram que, de algum modo, justificam esta ausência.

A uma Depressão Major que me fez "hibernar" durante 5 anos (2016 -2021) seguiu-se um cancro, uma cirurgia, e todo o processo de quimioterapia e recuperação que se prolongou até Agosto de 2022.

Tempos difíceis, é certo, que enfrentei de peito aberto mas que me fizeram mais forte, mais duro também. Voltaram muitas coisas, muitos gostos, muitas vontades, mas tantas ficaram naturalmente perdidas.

Não será por acaso que tive o impulso de voltar a aqui escrever na véspera do Natal. A importância que dou a esta época festiva resume-se à família nuclear e aos (poucos) amigos. Mas é um tempo que convida à reflexão.

Não sei se será um regresso, daí a interrogação do título. Oxalá seja.

Um feliz natal para todos e votos de um excelente 2023.

Gonçalo Afonso Dias



 



Friday, August 14, 2015

Friday, August 07, 2015

Wednesday, August 05, 2015

O dia em que abdiquei de "querer ter razão"




"Ensaio sobre a razão"
Técnica mista sobre MDF (100x100x4cm)


Não foi há muito tempo que abdiquei de "querer ter razão" - seja no que for, trate-se do que se tratar.

Mantenho, no entanto, uma destrinça basilar entre "querer ter razão" e "ter razão" - efectivamente.

Não pretendo, neste texto, "filosofar" sobre a Razão. Já o fiz antes...

Cheguei à conclusão que "querer ter razão" é uma "seca"... É desgastante, enfadonho e não leva a lado nenhum.

Seja lá o que for essa coisa da "Razão", acredito que só o Tempo tem o "Saber" e a Equidistância para a outorgar.

Com efeito, desde esse dia - o dia em que abdiquei de querer ter razão - já não me importa ter razão em coisa nenhuma.

A minha vida tornou-se substancialmente mais simples...

Adoptei uma estratégia tão elementar como infalível: Perante qualquer situação, mais ou menos litigiosa, "ofereço de barato" a dita "Razão" à outra parte...

"Tem razão!..."

Duas palavras apenas...

"Vai à merda!" corresponde ao mesmo, mas é substancialmente mais complicado e acarreta consequências imprevisíveis...

Chamem-me, portanto, "hipócrita", "cínico" ou o que muito bem entenderem.

Direi apenas: "Tem razão!"...




Gonçalo Afonso Dias,

Cascais, 05 de Agosto de 2015