Monday, October 27, 2008

Sobre (vivências)

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Fachada de um edifício de habitação na Rua Rainha Ginga em Luanda.
Foto: gad, 2007

5 comments:

Marcia Barbieri said...

Mais uma vez uma bela foto e condizente com o título.

beijos

Gonçalo Afonso Dias said...

Obrigado Marcia. Sobre esta foto muito tenho a escrever. Falta-me, talvez, um motivo "urgente" para o fazer. Porque não se trata, como bem entendeste, de uma fotografia 'estática' de um corrente prédio de uma rua qualquer. Num site de fotografia onde a editei um membro deixou um comentário que achei absolutamente verdadeiro e simultãneamente "provocador" (no melhor sentido da palavra) - (...)'assustadoramente bonito' (...). Talvez o que tenho para escrever parta exactamente da interpretação desse comentário tendo como princípio as suas duas palavras. Um beijo e obrigado pela visita.

Bibbas said...

Esta foto espelha bem a degradação dos muitos prédios fantasmas que abundam na minha cidade. A ausencia da cor, consegue atenuar o sujo do tempo e tb do suor...suor da gente que ao tentar desanuviar de uma dia exausto vai até a janela para para ver os sobreviventes e herois de uma cidade em abolição

Anonymous said...

Exactamente, "assutadoramente bonita"!!! São exactamente esses 2 sentimentos tão contraditórios que se sente, ama-se a beleza da foto e teme-se o que o prédio representa.Parabéns pela foto.

Gonçalo Afonso Dias said...

Obrigado Kianda pela tua visita!
É bem verdade o que dizes... "teme-se o que o prédio representa"... e quem conhece estes edifícios por dentro, ainda teme mais; pelo prédio mas sobretudo pelas incontáveis famílias que em regra os habitam em condições precárias. Quem tem, como eu, alguns conhecimentos de estabilidade e estruturas já nem teme, "treme"...
As sobrecargas pontuais a que as varandas, galerias e os próprios apartamentos passaram a estar submetidos, com a colocação de geradores, depósitos de água e combustível, têm inevitavelmente uma acção lenta mas implacável na sustentabilidade destes prédios a médio prazo. Algo que deveria, desde há muito, constituir uma enorme preocupação e um campo de intervenção rápida e planeada dos responsáveis pela cidade de Luanda.
A brincar, costumamos dizer perante certos "milagres" da nossa Angola, que Deus deve ser angolano... o que eu não acredito é que seja também engenheiro civil... Abraço e bom fim-de-semana.