Falar à toa
Vi hoje o debate entre o Saramago e o Padre "não sei o quê".
Não sei o quê, não é por falta de respeito mas é apenas a verdade; falou-se tanto em Saramago que os "não sei os quês" ficaram completamente anónimos.
Vi o debate (debate?!) na SIC'N e, confesso que fiquei com pena (afinal, como Saramago, tive uma formação católica) dos dois.
Nenhum deles sabia exactamente o seu papel.
Nenhum deles mostrou estar suficientemente convicto daquilo que afirmava.
Pelo contrário.
Saramago esboçou, mais do que uma vez, um pálido arrependimento.
O Sr. Padre, feitas as vénias ao Nobel, mais não disse do que era suposto.
A dada altura pensei que Saramago tinha a "coisa" na mão... Inteligência não lhe falta e, em certos momentos, usou-a bem.
Mas foi traído pela sua ortodoxia, herança já tão citada de um passado mal resolvido de uma cama mal dividida com Lenine, Marx e Engels...
Muito sinceramente não acredito que o "velho" precise de golpes publicitários com base em polémicas religiosas. Pelo contrário. Acho apenas que lhe dá um certo gozo...
Eu não vou comprar o anunciado "best-seller". Pela simples razão que, para ter uma opinião fundamentada teria de "mamar" a bíblia. E a isso não me obriguem.
A Bíblia, gosto dela (em pequeno formato) é um livro que, quando alugo um quarto de hotel, está normalmente na mesinha de cabeceira com um rótulo a dizer «não levar»...
Eu não levo e também finjo que nem faço ideia daquilo que lá vem escrito.
Com todo o respeito.
Saturday, October 24, 2009
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