Tuesday, September 30, 2008

(...) 'Mãos mortas, asperezas mortas'(...)

"Mãos Mortas". foto gad, Coimbra, 2004

ARIEL

Estancamento no escuro
E então o fluir azul e insubstancia
lDe montanha e distância.

Leoa do Senhor como nos unimos
Eixo de calcanhares e joelhos!... O sulco

Afunda e passa, irmão
Do arco tenso
Do pescoço que não consigo dobrar.

Sementes
De olhos negros
Lançam escuros Anzóis...

Negro, doce sangue na boca,
Sombra,
Um outro vôo

Me arrasta pelo ar...
Coxas, pêlos;
Escamas e calcanhares.
Branca
Godiva, descasco
Mãos mortas, asperezas mortas.

E então
Ondulo como trigo, um brilho de mares.
O grito da criança

Escorre pela parede.
E euSou a flexa,

O orvalho que voa,
Suicida, unido com o impulso
Dentro do olho

Vermelho, caldeirão da manhã.



Sylvia Plath*

(tradução de Afonso Félix de Souza)


*Sylvia Plath nasceu em Boston, EUA, em 1932. Teve uma passagem melancólica por Nova York, tentou o suicídio por mais de uma vez, casou em 1956 com o poeta inglês Ted Hughes, foi com ele para Cambridge, Inglaterra. Teve dois filhos. Descasou em 1962, escreveu seus poemas capitais, publicados postumamente no volume Ariel (1965), sua obra mais importante. Dois anos antes, em 1960, lançara o seu primeiro livro, Colossus.
Em 11 de fevereiro de 1963, Sylvia Plath aos 30 anos de idade cometia suicídio inspirando gás na cozinha de sua residência.
Retirado do blog "O Poema" a quem agradeço.

Dia Internacional da Pessoa Idosa

Monday, September 29, 2008

Ao Volante


foto: gad. 2004


Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra,
Ao luar e ao sonho, na estrada deserta,
Sozinho guio, guio quase devagar, e um pouco
Me parece, ou me forço um pouco para que me pareça,
Que sigo por outra estrada, por outro sonho, por outro mundo,
Que sigo sem haver Lisboa deixada ou Sintra a que ir ter,
Que sigo, e que mais haverá em seguir senão não parar mas seguir?

Vou passar a noite a Sintra por não poder passá-la em Lisboa,
Mas, quando chegar a Sintra, terei pena de não ter ficado em Lisboa.
Sempre esta inquietação sem propósito, sem nexo, sem conseqüência,
Sempre, sempre, sempre,
Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida…

Maieável aos meus movimentos subconscientes do volante,
Galga sob mim comigo o automóvel que me emprestaram.
Sorrio do símbolo, ao pensar nele, e ao virar à direita.
Em quantas coisas que me emprestaram eu sigo no mundo
Quantas coisas que me emprestaram guio como minhas!
Quanto me emprestaram, ai de mim!, eu próprio sou!

À esquerda o casebre - sim, o casebre - à beira da estrada
À direita o campo aberto, com a lua ao longe.
O automóvel, que parecia há pouco dar-me liberdade,
É agora uma coisa onde estou fechadoQue só posso conduzir se nele estiver fechado,
Que só domino se me incluir nele, se ele me incluir a mim.

À esquerda lá para trás o casebre modesto, mais que modesto.
A vida ali deve ser feliz, só porque não é a minha.
Se alguém me viu da janela do casebre, sonhará: Aquele é que é feliz.
Talvez à criança espreitando pelos vidros da janela do andar que está em cima
Fiquei (com o automóvel emprestado) como um sonho, uma fada real.
Talvez à rapariga que olhou, ouvindo o motor, pela janela da cozinhaNo pavimento térreo,Sou qualquer coisa do príncipe de todo o coração de rapariga,E ela me olhará de esguelha, pelos vidros, até à curva em que me perdi.Deixarei sonhos atrás de mim, ou é o automóvel que os deixa?

Eu, guiador do automóvel emprestado, ou o automóvel emprestado que eu guio?
Na estrada de Sintra ao luar, na tristeza, ante os campos e a noite,Guiando o Chevrolet emprestado desconsoladamente,
Perco-me na estrada futura, sumo-me na distância que alcanço,
E, num desejo terrível, súbido, violento, inconcebível,
Acelero…
Mas o meu coração ficou no monte de pedras, de que me desviei ao vê-lo sem vê-lo,

À porta do casebre,
O meu coração vazio,
O meu coração insatisfeito,
O meu coração mais humano do que eu, mais exato que a vida.

Na estrada de Sintra, perto da meia-noite, ao luar, ao votante,
Na estrada de Sintra, que cansaço da própria imaginação,
Na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
Na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim…


"Ao Volante", Álvaro de Campos

?

Évora. foto: gad, 2007

Aqui há Gato.

foto: gad, 2007

"Podes dizer a um cão para fazer qualquer coisa. A um gato podes apresentar-lhe uma proposta razoável."
Michael Stevens

Aos 44 anos ainda me espanto com a inesgotável capacidade que o "Homem" tem em ser hipócrita.

R i d i c u l a m e n t e h i p ó c r i t a



Saturday, September 27, 2008

E Q U I D I S T Â N C I A

"Equidistância"
Estação da CP do Estoril. foto gad, 2004

“O belo tem muito de instintivo. Podemos não saber porque gostamos de uma paisagem ou de um determinado quadro. Mas, provavelmente, isso acontece porque as proporções de ouro foram respeitadas."

Michel Parmigiani, mestre relojoeiro suiço (que fundou a ‘Parmigiani Fleurier’) sobre os seus relógios e a comparação com a ‘divina proporção’ e o ‘nº de ouro’ e as teorias de Fibonacci.

Bom Fim-de-semana!

foto: gad. Bairro Azul, Luanda . Junho 2008.

Thursday, September 25, 2008

OBRIGADO SARAMAGO!

LEVOU MUITO TEMPO... MAS "NOBEL" FEZ !

O 'Caderno de Saramago' promete.
Sinceras felicidades, meu caro.

" `A P O R T U G U E S A " . . .

foto: gad. Setembro 2008


(...) Os acidentes de trabalho, na maior parte das vezes, acontecem por culpa das empresas que não cumprem as normas de segurança e não agem preventivamente. O problema é que os acidentes são uma realidade e só este ano já morreram 124 pessoas. (...)"

"O Expresso"


Se o assunto não fosse trágico o conjunto de imagens que há poucos dias captei, legendado com humor, faria concerteza as delícias de muitos apreciadores do género BD...Senão repare-se no "argumento": Dois funcionários de uma das maiores empresas públicas, a P.T., provavelmente alarmados com as notícias de inundações noutros locais do país, largaram as suas habituais tarefas e, num gesto "corajoso e heróico" treparam à cobertura do edifício para precaver o pior...


Para além do voluntarismo e do espírito "Spiderman" apenas levaram consigo uma mangueira de rega.


Os 'homens 'não têm medo!... qual 'cabo da vida'?, qual andaime? qual quê?!..."Mãos à obra que se faz tarde".


Surgiu então o momento mais "hilariante"... (quanta sabedoria reunida em duas cabecinhas !) Enquanto o mais novo e mais ágil ía descendo, pé ante-pé, até ao algeroz (no limite do telhado) para remover com as mãos o lixo ali depositado, o mais velho, encharcava metódicamente o 'caminho' sem perceber que assim aumentava (e muito) as probabilidades de vir a ter de regar, também, as flores da campa do seu companheiro. Campanhas para quê?...

Wednesday, September 24, 2008

"S" de Sufoco.

Viaduto do Espargal, Paço de Arcos.
foto: gad. Setembro 2008




"C I D A D E S"

foto: gad. Setembro 2008

Thursday, September 18, 2008

44

Hoje completo 44 anos de vida.
Sinto que estou também a atingir o meu limite enquanto arquitecto.
Não me apetece continuar a ser um arquitecto.
A arquitectura é hoje, para mim, uma actividade cansativa e deprimente.
Por isso é que não me apetece continuar a ser um arquitecto.
"Mal comparado", é como fazer fotografia com alguém a segurar-me na máquina...
Se calhar nem sequer é assim tão mal comparado. Porque a arquitectura está em decadência, procura sobreviver a um vazio criado pela ilusão da modernidade fácil, consumista, revisteira.
Gastos os "modelos" holandeses, suíços, franceses, ficam páginas e páginas de revistas tão gastas como "playboys" nas mãos de adolescentes...
E por cá? Francamente; para além dos indispensáveis tostões há alguma razão para continuar a (querer fazer arquitectura ?!
Recorro mais uma vez á analogia com a fotografia: Tirar é diferente de fazer...
Os "tiraprojectos" continuam a tirar. Projectos. Concursos. Com(cursos) já feitos.
E é nesta 'merda'acamada numa tetulia chamada "Ordem dos arquitectos portugueses" que acham que eu me vou 'deitar'?!
Ainda vem o Siza dizer umas "verdades" um tanto ou quanto opalinas mas válidas, mais o Souto Moura a defender a "classe" sem classe nenhuma e ele próprio, a fazê-lo sem qualquer convicção. Que tristeza.
Vêm-me à memória o Nadir Afonso e não é a primeira vez.
Conheci-o no seu "cantinho" em Chaves, e percebi sentado na sua pequena mesa, junto à janela sobre o solarengo jardim, a razão de esse senhor que conviveu com Corbusier, ter mandado "à fava" a arquitectura. Mas, atenção! Não foi a arquitectura que ele desprezou. Foi tudo aquilo que "embrulha" a arquitectura e, quer se queira quer não, faz, cada vez mais, dessa nobre arte, uma bela arte da gestão de interesses e de poderes onde a luz, o espaço e a forma são apenas palavras ôcas.


Carlos Afonso Dias . Fotografias 1956-2008. Inauguração. Primeiras impressões.

Carlos Afonso Dias visto por mim, num reflexo, no dia da inauguração da sua exposição de fotografias "1956-2008", Galeria Pente 10, Lisboa.


'A Montra' foto gad, 2008.



A Montra


Funciona como o avatar do espaço que anuncia comercialmente.
Hoje, a arte e nomeadamente a fotografia é, também, um negócio. Ou não.
Mas acaba por ser... De outro modo não haveria galerias nem "galeristas" empenhados em divulgar essa arte. Ou não.
Seria relativamente indiferente o "produto" exposto desde que as vendas estivessem previamente garantidas. Ou não.
Não faria qualquer diferença o facto de os correios levarem o "seu tempo" a entregar a correspondência... i.e: os convites. Ou não.
A net é mais "selectiva" e indiscutivelmente mais 'barata'. Ou não. Porque, como diz o velho ditado, e desculpem esta redundância que não é ciclíca, "o barato sai caro". Ou não.
Os afectos e as emoções são incomensuráveis e, se este texto contiver erros gramaticais ou simples gralhas, a culpa não é minha. É do corrector ortográfico que teima em não funcionar. Lá terá as suas razões. Ou não.

[Instalação na montra da galeria "Pente 10" em Lisboa (Travessa da Fábrica dos Pentes, 10, 1250 - 106 Lisboa. www. pente10.com) dedicada exclusivamente ao período da exposição [17/09/08 a 07/10/08] "Carlos Afonso Dias . fotografias 1956 - 2008.
Quadro original 'olhos' de Gonçalo Afonso Dias
1,50 x 1,00 x 0,07m.
Gesso estruturado por "corda de sapateiro" sobre cartão, 2005.



"Homenagem"



"Ao grande amigo e companheiro, presente em cada momento, em cada gesto, em cada olhar". (G.A.D.)


[Painel integrante da exposição "Carlos Afonso Dias ; Fotografias 1956 - 2008. Galeria 'Pente 10, Travessa da Fábrica dos Pentes, nº 10,' Lisboa.]António José Costa



Trabalhou nos "bastidores", no escuro do seu laboratório na 'Viragem Lab'. Contudo, o seu trabalho é de uma visibilidade enorme; em cada imagem que imprimiu, a sua mestria, os seus conhecimentos e a sua dedicação estão bem patentes. Bem-haja!


[véspera da inauguração da exposição de Carlos Afonso Dias a decorrer na Galeria Pente 10 em Lisboa.

Thursday, September 11, 2008

F O T O G R A F I A . E X P O S I Ç Ã O



PRESS RELEASE
PENTE 10 – FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA INAUGURA EXPOSIÇÃO DE CARLOS
AFONSO DIAS -“FOTOGRAFIAS 1956-2008”

A Galeria Pente 10 – Fotografia Contemporânea inaugura no dia 16 de Setembro, terçafeira, a exposição Fotografias 1956-2008, de Carlos Afonso Dias.
A exposição consiste em trinta e duas imagens a preto e branco, obtidas entre 1956 e 1962 e seis imagens a cores, obtidas entre 2006 e 2008. Será editado um catálogo da exposição.
“As fotografias aqui expostas são uma pequena parte de uma grande vida, de um olhar tímido mas incisivo, discreto mas irónico, inteligentemente crítico, contundente por vezes (...) Gosto de pensar nesta exposição em 3 tempos distintos: o passado, captado magistralmente pela sua Leica – a maioria das imagens expostas; o presente: a abertura de novas experiências, o mundo digital (...); o futuro, sobretudo o futuro: um desafio, um olhar mais cansado mas cada vez mais livre (...)” Gonçalo Afonso Dias, in catálogo da exposição Fotografias 1956-2008, de Carlos Afonso Dias.
Carlos Afonso Dias nasceu em Lisboa em 1930. Em 1953 adquiriu a sua primeira máquina fotográfica, passando a considerar a fotografia como um dos seus variados interesses. Entre 1957 e 1958 mantém um convívio regular com Gérard Castello Lopes, passando a fotografar com mais empenho e regularidade. Em 1989, a exposição Fotografias 1954/69, promovida pela galeria Ether, vale tudo menos tirar olhos, resgata-o do esquecimento. Volta a fotografar em 1990. Em 2001, o Centro Português de Fotografia publica uma monografia que deu origem à exposição Viagens Fotográficas, apresentada na Cadeia da Relação, no Porto, em 2002, que foi repetida em Évora e em Lisboa, na Culturgest.
Carlos Afonso Dias está representado na Colecção Nacional de Fotografia (Ministério da Cultura), na Colecção de Fotografia do Museu do Chiado, Lisboa (Instituto Português de Museus) e na colecção da Fundação PLMJ.


Carlos Afonso Dias. Fotografias 1956-2008
Pente 10 – Fotografia Contemporânea
Travessa da Fábrica dos Pentes, 10 (ao Jardim das Amoreiras)
1250-106 Lisboa


Tel. 91 885 15 79 /21 386 95 69 -Contacto: Catarina Ferrer

info@pente10.com www.pente10.com
Inauguração terça feira, 16 de Setembro, às 19H00.
A exposição estará patente até 7 de Novembro de 2008
Horário: 3ª a Sábado, 15H00 às 20H00
Metro: Rato

Tuesday, September 09, 2008

O Povo Angolano votou na Paz! e VENCEU !


Vitória do MPLA
Cândido Bessa


Quando faltam pouco mais de 20 por cento de mesas por apurar, o MPLA continua a cimentar a posição arrasadora nas eleições legislativas, com 81,73 por cento dos votos.Os últimos dados divulgados às 19 horas de ontem, pelo porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Adão de Almeida, dão conta de que o quadro geral mantém-se inalterável, com a UNITA a não conseguir sair dos 10 por cento e PRS a abandonar, finalmente, a casa dos dois por cento (3,10%).


De um total de cinco milhões 45 mil e 451 votos válidos contabilizados até ontem, o MPLA obteve quatro milhões 123 mil e 525. A UNITA ficou apenas com 523.772 votos e o PRS conseguiu 156.179 votos.Segundo Adão de Almeida, o número de votos brancos representam, agora, 4,6 por cento do total (227.592) e os nulos são 4,88 por cento (273.224). Os votos reclamados até ontem eram 67.589, o que representa 1,21 por cento. No geral estavam já contabilizados cinco milhões 603 mil e 856 votos, de um total de oito milhões 256 mil e 584 eleitores registados. Na sétima actualização feita ontem à noite pela CNE, a Nova Democracia continua a surpreender e mantém-se à frente da FNLA, agora com 1,20 por cento dos votos contra 1,13 por cento do partido liderado por Ngola Kabango. As restantes nove formações políticas mantêm-se abaixo de um por cento.


Às 12 horas de hoje, a CNE volta a actualizar os dados, que deverão estabelecer já um quadro muito próximo do desfecho, uma vez que desde o início do escrutínio o MPLA mantém-se à frente com mais de 80 por cento dos votos.Assim, a manterem-se os resultados, o MPLA melhora, de longe, os números alcançados em 1992, passando dos 53,74 por cento de preferências para os actuais 81 por cento. A UNITA, o grande derrotado, apresenta o pior resultado de sempre, com os 10,38 por cento, muito longe dos 34,10 por cento alcançados em 1992.


Desta forma, a UNITA arrisca-se a eleger menos de 10 deputados para a futura Assembleia Nacional, como explicaram alguns especialistas à comunicação social. O MPLA, em função da larga maioria de votos, pode, segundo as mesmas fontes, ultrapassar os 180 deputados. Quanto aos círculos provinciais, o MPLA continua a dominar folgadamente em todas as províncias, excepto na Lunda Sul, onde apenas nove pontos percentuais o separa do PRS, o segundo mais votado naquela localidade (50,79% contra 41,60%). Resultado também mais ou menos aproximado regista-se na Lunda Norte, com o MPLA a ser o preferido de 63 por cento dos eleitores e o PRS a ficar com 26,4 por cento.


Quanto à UNITA, o melhor desempenho foi conseguido em Cabinda (34,75% contra 59,48% do MPLA) e no Kuando Kubango, onde conquistou, até ao momento, 16,30 por cento do eleitorado contra 78,33 por cento do MPLA.Em cinco províncias (Namibe, Kwanza Norte, Bengo, Cunene e Huíla), o MPLA conseguiu mais de 90 por cento dos votos. Em outras seis o resultado está acima dos 80 por cento, com possibilidade de chegar aos 90 por cento. São os casos do Moxico, Kwanza Sul, Benguela, Uíje, Malanje e Huambo.


Já em Luanda, Zaire e Lunda Norte, o partido no poder em Angola conseguiu acima de 70 por cento dos votos. No Zaire e na Lunda Norte, o MPLA aparece como o preferido de mais de 60 por cento dos votantes. Apenas em duas províncias, Cabinda e Lunda Sul, o MPLA aparece com resultados na casa dos 50 por cento. O pior desempenho da UNITA, até ao momento, foi no Kwanza Norte onde apenas obteve 1,30 por cento dos votos. Quanto à FNLA, conseguiu o seu melhor resultado no Zaire, com uma preferência de 15,50 por cento dos votantes.


Thursday, September 04, 2008