"Invisíveis" para grande parte da sociedade, indesejados para a Direita mais radical que apregoa o seu expatriamento, estão os operários das obras, hoje maioritáriamente africanos ou orundos dos países de Leste. Contudo, se "de um dia para o outro", estes homens parassem ou assumissem a sua "invisibilidade discriminatória", o sector da construção civil em Portugal entrava em colapso.
Thursday, July 29, 2010
Por "detrás" do Pano.
"Invisíveis" para grande parte da sociedade, indesejados para a Direita mais radical que apregoa o seu expatriamento, estão os operários das obras, hoje maioritáriamente africanos ou orundos dos países de Leste. Contudo, se "de um dia para o outro", estes homens parassem ou assumissem a sua "invisibilidade discriminatória", o sector da construção civil em Portugal entrava em colapso.
Wednesday, July 28, 2010
500 fotografias nas Galerias Publicas (GP's) do "Olhares.com"
100, 200, 300, 400, 500 fotografias distinguidas com entrada nas Galerias Públicas da comunidade de fotógrafos Olhares.com.
Muito a propósito da nossa actualidade sócio-política, a nº 500 foi a imagem já aqui recentemente postada (O Estado da Nação [2] - Uma espécie de Bloco Central), captada em Lisboa em Julho deste ano.
Deixo aqui o mesmo texto que escrevi para o "Olhares" a propósito do significado que tem, para mim, esta marca, tecendo também algumas considerações sobre a sobre valorização das "GPs" e os aspectos negativos que podem ter para a evolução dos fotógrafos que, muitas vezes, perdem a liberdade e a espontaneidade do acto de captar a imagem fotográfica, fazendo-o, ainda que inconscientemente, em função daquilo que julgam poder vir a dar "GP".
..............................................
Texto (Olhares.com) :
A minha fotografia nº 500 a entrar para as Galerias Públicas do "Olhares.com". (O Estado da Nação 2 - uma espécie de Bloco central) -(http://olhares.aeiou.pt/estado_da_nacao_2_especie_de_bloco_central_foto3887529.html)
Meio milhar de fotografias nas "GP'S deixa-me satisfeito mas não é por si, um motivo suficiente para me sentir realizado nem tão pouco no "caminho certo".
Contudo, assinalo esta marca com gosto e reconhecimento a todos aqueles que de há muito, e sem outro interesse que não a Fotografia, têm vindo a acompanhar o meu trabalho. Ainda que, por motivos que não cabem nestas linhas, eu pouco ou nada, sobretudo nos últimos meses, tenha retribuído como gostaria a mesma atenção.
Por outro lado, este é para mim, sobretudo um momento de reflexão, de uma certa inquietação que se vinha manifestando pela dúvida, pela incerteza pelo desejo de palmilhar outros "atalhos" de um trilho que há muito venho percorrendo, herança omnipresente do trabalho de um grande fotógrafo que foi, e será sempre o meu pai.
Não faria sentido falar aqui de 500 fotografias em gp's passando ao lado da polémica que, há muito, se instalou no "Olhares" sobre a transparência (ou falta dela) nos critérios para a atribuição desse estatuto às fotografias.
Desde há muito também percebi que, para além do critério meramente matemático que consta do regulamento, e que servirá, na minha opinião, como parte da selecção, há manifestamente um segundo elemento ou factor de decisão. Mais subjectivo por ser fundado no gosto de alguém e, por isso mais difícil também de explicar ou esclarecer.
É a minha opinião pessoal fundamentada por várias situações onde não tendo atingido os "mínimos" aritméticos para ser "GP" a fotografia passou pela eventual qualidade.
Noutras situações (em muitas outras) em muitas fotografias que eu considerava das melhores que havia feito passou-se o oposto.
Gonçalo Afonso Dias, Julho 2010
Sunday, July 25, 2010
Divulgação - Blogue "a pintura do tempo"
Luís Augusto Jungmann Andrade (L.A.J.A.) é brasileiro, arquitecto de formação, fotógrafo e artista plástico.
Conheci-o há bastante tempo através da fotografia no site que partilhamos, o "Olhares.com".
Desde logo impressionou-me o seu olhar muito particular, focado na relação de escala entre os grandes espaços abertos de Brasília (a sua cidade) e o homem.
Um tema que (L.A.J.A.) tem vindo a explorar recorrentemente com mestria.
Por outro lado, fotografa compulsivamente e o seu olhar prende-se com facilidade em tudo aquilo que a sua alma de poeta e artista o inquieta; grafismos urbanos, fragmentos arrancados a velhas paredes a que confere um novo sentido e subverte a escala.
O que eu não conhecia (apenas alguns apontamentos fotografados e editados no "olhares" eram os magníficos desenhos e as composições plásticas onde a ironia, por um lado, e a inteligente e genuína fusão entre as diversas formas de expressão deste artista, utilizadas com uma enorme liberdade, criatividade, mas também uma coerência perceptível entre elas.
Em boa hora (L.A.J.A.) criou um blogue "A Pintura do Tempo" que aqui divulgo com o maior prazer onde, sem um critério editorial rígido, vai publicando os seus trabalhos e um pouco daquilo "que lhe vai na Alma" seja sob que forma for.
Friday, July 23, 2010
Thursday, July 22, 2010
Sunday, July 18, 2010
Gotan Project tocam hoje em Oeiras
Friday, July 16, 2010
Friday, July 09, 2010
O Centro Histórico de Oeiras é um deserto.
Faltam ideias, falta vontade politica, falta um pouco de tudo.
Na avenida principal, a Cândido dos Reis, onde se concentra a maioria do pequeno comércio, a decadência é confrangedora. Lojas fechadas ou a agonizar, degradadas, a sobreviver com todas as dificuldades.
A "vida nocturna", que aqui teria, sob regras relativamente simples, condições excepcionais - esplanadas junto à Igreja, no largo 5 de Outubro, nas ruas periféricas, nos recantos antigos - não existe porque a C.M.O. "não deixa"...
Faltam ideias, falta cultura, falta conhecimento de outras realidades, noutros países.
Mas quero falar das pessoas. Sobretudo das pessoas, tendo como mote o Francisco que conheci há bem pouco tempo, na "troca" de um cigarro por um retrato;
O Francisco é Angolano mas (sobre) vive por aqui. Vende "buzios-da-sorte" na rua mas pinta, desenha e faz escultura. Não tem é dinheiro para os materiais nem tão pouco espaço para trabalhar ou expor.
Mas antes do Francisco conheci outros como ele. O Mário, pintor e desenhador, sonhador que vive praticamente na miséria porque não consegue um espaço para vender o seu trabalho. E muitos outros de muitas outras áreas da cultura haverá que não se vêm por causa da cegueira e do vazio de ideias de quem, nos seus gabinetes só vê números e só responde ao chefe.
Estivesse eu na Cultura desta (C.M.O.) e, tirava esta gente da rua. Dava-lhes uma oportunidade. Alugava um espaço - está, por ex. para alugar um armazém fantástico na Rua febus Moniz (ao lado dos "Netos"). Investia pouco e propunha responsabilidade e disciplina. Criava assim um atelier livre, ligado a um verdadeiro Projecto Social bem organizado e bem orientado. Dava lugar à Cultura, ocupava espaços "mortos" do centro Histórico mas sobretudo valorizava a Inteligência Política e a verdadeira solidariedade social.
Um Povo com medo - um País doente
Ontem dei um passeio a pé pelo centro de Oeiras para fazer fotografia. A certa altura deparei-me com uma cena que me interessou, em pleno centro histórico; um homem descarregava sacos de cimento para o interior de uma velha casa, a partir de uma camioneta de caixa aberta encostada à janela. Fiz a primeira fotografia e logo o senhor, brasileiro, percebi então, pediu desculpa e perguntou-me se estava ali mal, etc, etc...
Respondi-lhe que não era um polícia mas sim um fotógrafo e pedi-lhe para lhe fazer um retrato ao que acedeu.
Esta cena, por vulgar que possa parecer, contextualizada com as diversas agressões verbais e enxovalhos publicos que tenho vindo aqui a registar, por fotografar pessoas na rua, revela, quanto a mim, o simbolismo atávico e a evidência de um povo com medo de tudo: de ser denunciado, de fazer parte de quaisquer arquivos, de ir "parar à internet", de ser vítima, em conclusão.
Num país saudável, culturalmente evoluído, com legislação adequada, uma pessoa, na rua a fazer fotografias é apenas uma pessoa na rua a fazer fotografias (desde que respeite obviamente o referido quadro legal).
Por cá nem sequer, em caso de conflito, ou divergência na interpretação da Lei do Direito à Imagem, de nada serve recorrer à mediação da policia. Pura e simplesmente desconhece e, pela experiência, já longa, que tenho, toma desde logo a defesa intransigente do cidadão queixoso.
A fotografia em Portugal ainda, só em determinados círculos intelectuais é considerada uma forma de expressão artística.
Os seus autores, só num círculo muito fechado são entendidos como artistas, como são os pintores, os escultores, etc.
O Centro Português de Fotografia e as restantes instituições com responsabilidades na promoção e divulgação da fotografia e na formação de novos fotógrafos, bem como algumas das maiores comunidades de fotógrafos online (ex. Olhares.com) poderiam desempenhar (com acções de sensibilização ou promocionais Públicas) um papel importante junto das pessoas no sentido de, de uma vez por todas fazer perceber a diferença entender a diferença entre uma máquina fotográfica e uma pistola, num "mundo" onde sub-repticiamente somos (todos), cada vez mais, controlados, vigiados e fotografados pelo Estado.
Fotografias: Gad. Oeiras, 2010
Tuesday, July 06, 2010
Monday, July 05, 2010
Sunday, July 04, 2010
Saturday, July 03, 2010
Friday, July 02, 2010
Thursday, July 01, 2010
VOLTANDO AO PORTUGAL x ESPANHA - A arrogância de Queiroz.
Teria ficado bem a Carlos Queiroz a assumpção da derrota frente aos espanhóis
Não lhe teria ficado mal também um pedido de desculpa aos dois ou três (milhões) de portugueses que o viram "partir" a equipa, quando no seu melhor momento, em que dominava o adversário retirou um jogador em alto rendimento (Hugo Almeida) e abriu caminho para o "carrossel espanhol" ( que aproveitou para fazer entrar Torres) que ditou o nosso afastamento.
Acresce que mentiu na conferência de imprensa quando justificou a substituição com o estado de esgotamento (negado pelo próprio) do jogador).
Mas, mais uma vez, a "cagança" do Dr. Queiroz levou-o por outros caminhos...
Espero, de facto, que os dois ou três, que o Dr. quer conquistar sejam de facto milhões e estejam tão fartos dele como eu.