Tuesday, April 28, 2015

Sunday, April 26, 2015


IRONIAS SOBRE A DOR #02



GAD, 2008/2015, (14x9cm)

IRONIAS SOBRE A DOR


Ironias sobre a dor #01




GAD, 2008/2015, (14x9cm)

"R4"




Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, Grândola, 2007

OLHO



(ar) Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, 2007

"Nostalgia"




Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, 2007

Friday, April 24, 2015

L A P A R O S C O P I A


(Vídeo YouTube)



L A P A R O S C O P I A

No outro dia fui, pela primeira vez, operado. Tirara-me a vesícula biliar que dizem "não faz falta nenhuma" e eu pergunto-me: se não faz falta nenhuma porque é que Ele a inventou?! Mas isso pouco importa. O que importa é que, antes, nas consultas, fiquei a saber que a cirurgia iria ser feita por LAPAROSCOPIA e o cirurgião explicou-me como se processava a técnica. Gostei do nome e da técnica - porque, achei, tem muito a ver com os avanços tecnológicos da FOTOGRAFIA.


Em casa, fui investigar à net e encontrei, no YouTube, alguns vídeos de laparoscopias à vesícula biliar. Comecei a ver um deles e tive de fugir para a casa de banho...

Ontem, já depois do acto consumado e de eu ter a barriga cheia de agrafos, consegui vê-lo até ao fim e até gostei. Fiquei fascinado, sobretudo com a mestria e a precisão que os cirurgiões têm de ter para fazer uma laparoscopia à vesícula ou a outra coisa qualquer.

A única coisa que eu não gostei nesse dia em que fui "intervencionado" (porque não me avisaram nem pude investigar) foi de, antes de "descer" para o Bloco Operatório (um nome sofisticado para "talho"...), terem-me obrigado a rapar os pêlos da barriga, a calçar umas "collants" brancas e, pior... a vestir umas cuecas de renda a condizer!. Embora nada tenha contra quem gosta de collants brancas e cuecas de renda a condizer, senti-me um José Castelo não sei das quantas...

Vejam bem o que me fizeram!... "tadinho" de mim....

Coisas" e "coisos", pessoas também, mas poucas...



Fotografia: Gonçalo Afonso Dias - série - "assombrações".


Coisas" e "coisos", pessoas também, mas poucas...

Aos 50 anos ainda me admiro com a facilidade com que me engano a respeito de muitas "coisas".
Mais ainda quando as "coisas" não são bem "coisas" - são uma espécie de pessoas.
E ainda me choco quando as pessoas, essas sim, são "coisas", não respondem aos meus "bom dia!", "boa tarde!" ou "boa noite!" no hall de entrada ou no elevador do prédio onde vivo e que tem muitas "coisas" e possivelmente algumas pessoas também, espalhadas por 64 apartamentos amontoados em 16 andares.

Ainda acho incrível que as "coisas" não apanhem o cocó dos seus animaizinhos (que não têm culpa nenhuma de as ter) e não os metam nos saquinhos pretos que dizem: "O seu bairro não é um campo minado - seja um dono responsável. Recolha os dejetos (assim mesmo, de acordo com o acordo) do seu cão!", e que estão em recipientes bem assinalados, pendurados em postes ao longo dos passeios. Está mal escrito, claro... Porque dá a ideia que quem leva uma cadela e não um cão, pode estar à vontade a minar o passeio que é de todos. Também está mal escrito porque o "cão" não é da pessoa ou "coisa" que o (a) leva a fazer cocó - a pessoa, ou "coisa", dependendo dos casos, é que é do cão ou a cadela que leva a fazer cocó, só que não o sabe... Ele, ou ela, se for "uma" também não lhe diz porque como é mais inteligente que a pessoa que acha que é dono ou dona, sabe muito bem que se o fizer perde os poucos privilégios que tem.

E fico (ainda) irritado quando os "coisos" ou as "coisas" não param os popós antes das passadeiras para as pessoas passarem. Não devia ficar assim porque sei que as "coisas" não têm olhos e não sabem que aquelas listas brancas pintadas no meio das ruas se chamam "passadeiras" e que, isso significa "sítio por onde as pessoas passam". P r i o r i a r i a m e n t e.

Friday, April 17, 2015

A única novidade é continuarem a chamar "Governo" àquela cáfila de parasitas...



Jacqques II de Chabannes - Jacques de La palice, Carlos Zorrinho ou, quando os deputados querem "dar uma de eruditos..."



Jacqques II de Chabannes - Jacques de La palice, Carlos Zorrinho ou, quando os deputados querem "dar uma de eruditos..."

Todos nós conhecemos e/ou usámos já a expressão "Verdade de La Palice".
Contudo nem todos nós conhecemos a história da origem dessa expressão, nem somos obrigados a isso. Usamo-la quando alguém faz uma afirmação tão óbvia quanto ridícula.


Grave é, quanto a mim, o uso e abuso da expressão "La Palice não diria melhor."
Ouço-a muitas vezes, nomeadamente num popular programa sobre futebol - "o dia seguinte", se não estou em erro. Se não é esse é outro do mesmo género, pouco importa para o caso. Mas, futebol é futebol...

Grave mesmo, é utilização da expressão "La Palice não diria melhor" pelos políticos e deputados que nos (des) governam., nomeadamente pelo líder Parlamentar do PS, o senhor Carlos Zorrinho, que inclusivamente a escreveu, recentemente num artigo publicado no seu blogue "Fazer Acontecer":

(...) Como reformista sempre defendi a necessidade de Reformas (O Sr. Jacques de La Palisse não diria melhor). Defendi a necessidade de ciclos reformistas conjunturais e estruturais no passado e defendo agora a necessidade de dinâmicas reformistas sistémicas adequadas aos tempos de complexidade global, resultante da emergência da sociedade da informação e do conhecimento.(...)

Pois... "Fez Acontecer" mais um disparate...

Resumindo: A expressão "verdade de La Palice" surgiu quando o militar francês já estava morto. Portanto, (e isto é uma "Verdade de La Palice"...): se estava morto não podia ter dito coisa alguma, acho eu...

Reza a História que, após a morte em combate do mítico militar francês, surgiu uma canção que, numa das suas frases, dizia: "S'il n´était pás mort, il ferait en vie" (Se ele não estivesse morto, faria inveja). Frase essa que foi deturpada para "S'il n'était pas mort, il serait encore en vie." (Se ele não estivesse morto, estaria ainda vivo.) Pois é...







st





Desenho: Gonçalo Afonso Dias, 2005

Thursday, April 16, 2015

TINTA PERMANENTE




TINTA PERMANENTE

gosto de canetas
sobretudo de canetas de tinta permanente
porque elas são de tinta Permanente
gosto de pensar que o que eu escrevo com as minhas canetas
de tinta permanente
Permanecerá.


Eu não.

Gonçalo Afonso Dias, Cascais,
2015-04-16

Sunday, April 12, 2015

Reflexões sobre o Facebook de um utilizador "porque sim"...



(imagem da Net)

Reflexões sobre o Facebook de um utilizador "porque sim"...

Já aqui, há alguns meses, escrevi sobre o FB e exprimi a pouca simpatia que nutro por esta (e outras) Redes Sociais. Essa minha declaração precedeu uma "purga" profunda ao número de "amigos virtuais" que tinha (perto de 600). Como pessoa educada e com valores éticos que me considero, achei que tinha a "obrigação" de anunciar essa minha "limpeza" para que não ferisse qualquer susceptibilidade. Declarei, portanto, as minhas razões e acrescentei que guardaria apenas os amigos da "vida real, os familiares com quem me dou (que são poucos) e os amigos virtuais de longa data e com quem partilho interesses artísticos (fotografia, artes plásticas, cinema, poesia etc.

Só uns dias depois dessa "declaração de intenções”, e para que todos aqueles que me visitam regularmente pudessem tomar conhecimento, fiz a "razia" - ficaram, nessa altura, pouco mais de 60 no meu círculo de amizades virtual.

Passei a aceitar apenas as novas amizades que se enquadravam no perfil que já antes referi.

À pergunta que me faço frequentemente: "porque é que não apagas de vez essa "porcaria? " Encontro sempre a mesma resposta: "Apesar de tudo, prezo muito as pessoas que preservei, gosto de ir partilhando fotografias e algumas reflexões e, acima de tudo, é um meio fácil e rápido de comunicar com os meus dois filhos".

Porém, recentemente, constatei com espanto, que uma amiga de longa data (M), com a qual me identificava através das suas postagens irónicas, "nonsense" e rebeldes e ainda pelas fotografias, desde os tempos em que era assíduo no "Olhares" tinha prescindido da minha amizade sem qualquer motivo ou explicação prévia.


Não ando aqui para tentar "engatar" ninguém, não sou mal-educado com ninguém e só pontualmente visito outras páginas. Por isso, e por não gostar de mal-entendidos, escrevi uma mensagem privada à minha amiga perguntando "o motivo" e demonstrando a minha estupefacção

Não obtive qualquer resposta da minha amiga "M" e, ainda hoje me pergunto "O que lhe terá passado pela cabeça?"...

No entanto, essa (e outras situações idênticas), levaram-me a reformular a minha percepção sobre o fenómeno das Redes Sociais, o que elas têm de bom e de mau (tendo em conta a subjectividade dos qualificativos), para o que servem realmente...

Conclui que o FB (refiro-me a ele por ainda ser o mais popular) tem inerente uma perversidade perturbadora - a facilidade de descartar os amigos (virtuais ou reais) apenas com um clique.

Na "vida Real", quando dois amigos ou familiares se zangam e discutem, por ex, fazem-no maioritariamente "olhos-nos-olhos" e, com maior ou menor razão, esgrimem os seus argumentos.

Há as saudáveis possibilidades de "chorar", de desabar, de pedir desculpa, de invocar razões, de desfazer intrigas ou "contaminações", de dar um abraço ou um beijo e de seguir em frente, muitas vezes com essa amizade mais sólida, mais reforçada.

No FB, uma vez pressionado o botão da "execução sumária" só muito dificilmente poderá haver o "fazer as pazes". Esse gesto tão bonito quanto nobre, implica que, por um lado, quem tomou a decisão do "corte de relações" tenha a "dúvida" como um importante factor da vida e, por outro lado, que a "vítima" tenha a humildade e o esclarecimento de perdoar, isto no caso de o "renovado pedido de amizade do "outro (a)" vier acompanhado de alguma explicação ou pedido de desculpas.

Esta reflexão leva-me, consequentemente, a reavaliar os critérios que considerei válidos para manter um círculo de amizades nesta Rede Social.

Entendo agora que "70" ainda é um número excessivo, desajustado à realidade, e que, para ser coerente com o que sou, sinto, digo e/ou escrevo, é imponderável pensar em cada um desses 70 amigos (virtuais ou não) já com o meu "critério" também apurado face às minhas últimas meditações.

Importa, por isso, fazer-me algumas perguntas: "Porquê?" - desde logo; - "irias visitar essa pessoa a um hospital, ainda que fosse longe, se ela estivesse internada?", "Ajudarias essa pessoa incondicionalmente se ela estivesse em dificuldades (financeiras, por ex?", "O que achas que sentirias se ela morresse ou morresse algum familiar ou amigo seu?", Conversas com ela (a pessoa, claro)?", "Quando fazes "gosto" a uma das suas postagens gostas realmente ou fazes apenas por simpatia?". "Quando não gostas tens a coragem de o manifestar, justificando?" e muitas outras que são, evidentemente recíprocas.

Por isso, meus caros amigos e amigas, não me levem a mal se, eventualmente, em breve, eventualmente, vos incluir nas pessoas que não correspondem ao meu actualizado e rígido (admito) critério.

Gonçalo Afonso Dias,



12 De Abril de 2015

Wednesday, April 08, 2015

A PROPÓSITO DE ÁLVARO SOBRINHO ou, A verdade vem sempre "ao de cima" (#02)



A PROPÓSITO DE ÁLVARO SOBRINHO ou,

A verdade vem sempre "ao de cima" (#02)




Em Março de 2012 publiquei este post neste blog a propósito do "Caso Álvaro Sobrinho" (AS)
Fui, por isso, ao longo destes últimos anos "agraciado" com ameaças e insultos sob a forma de comentários, sempre sob anonimato, como é próprio de gente cobarde e sem escrúpulos.

Passados 3 anos e muito papel "rasca" vendido à custa da difamação e da tão portuguesa "Justiça exercida na Praça Pública", a verdade "volta ao de cima". O "resto já aqui escrevi e mantenho.

Gonçalo Afonso Dias,
08 de Abril de 2015