Jacqques II de Chabannes - Jacques de La palice, Carlos Zorrinho ou, quando os deputados querem "dar uma de eruditos..."
Todos nós conhecemos e/ou usámos já a expressão "Verdade de La Palice".
Contudo nem todos nós conhecemos a história da origem dessa expressão, nem somos obrigados a isso. Usamo-la quando alguém faz uma afirmação tão óbvia quanto ridícula.
Grave é, quanto a mim, o uso e abuso da expressão "La Palice não diria melhor."
Ouço-a muitas vezes, nomeadamente num popular programa sobre futebol - "o dia seguinte", se não estou em erro. Se não é esse é outro do mesmo género, pouco importa para o caso. Mas, futebol é futebol...
Grave mesmo, é utilização da expressão "La Palice não diria melhor" pelos políticos e deputados que nos (des) governam., nomeadamente pelo líder Parlamentar do PS, o senhor Carlos Zorrinho, que inclusivamente a escreveu, recentemente num artigo publicado no seu blogue "Fazer Acontecer":
(...) Como reformista sempre defendi a necessidade de Reformas (O Sr. Jacques de La Palisse não diria melhor). Defendi a necessidade de ciclos reformistas conjunturais e estruturais no passado e defendo agora a necessidade de dinâmicas reformistas sistémicas adequadas aos tempos de complexidade global, resultante da emergência da sociedade da informação e do conhecimento.(...)
Pois... "Fez Acontecer" mais um disparate...
Resumindo: A expressão "verdade de La Palice" surgiu quando o militar francês já estava morto. Portanto, (e isto é uma "Verdade de La Palice"...): se estava morto não podia ter dito coisa alguma, acho eu...
Reza a História que, após a morte em combate do mítico militar francês, surgiu uma canção que, numa das suas frases, dizia: "S'il n´était pás mort, il ferait en vie" (Se ele não estivesse morto, faria inveja). Frase essa que foi deturpada para "S'il n'était pas mort, il serait encore en vie." (Se ele não estivesse morto, estaria ainda vivo.) Pois é...
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