Leila Lopes
A selecção e posterior nomeação para "Miss Angola" envolve, tradicionalmente, uma enorme polémica. Há, por um lado, uma certa unanimidade no facto de as mulheres oriundas de Benguela serem as mais elegantes e bonitas do país. Pessoalmente concordo, com conhecimento, com esse arquétipo.
Por outro lado, essa eleição, confronta interesses, regionalismos, amores e ódios.
Leila Lopes foi eleita a Miss Angola 2011 e, posteriormente "Miss Universo 2011", na cidade de S. Paulo, Brasil.
O racismo e a discriminação foram, explicitamente, evidentes nas declarações de algumas das concorrentes, em particular, e da sociedade europeia, em geral. «
Entre as colegas concorrentes, surgiu outro tipo de reacções depreciativas, como no caso de Laury Thilleman (Miss França 2011) que, numa entrevista à revista online francesa Première.net, afirmou:
«Era a única concorrente que eu não conhecia muito bem. Não a víamos muito, era muito discreta. Aparecia muitas vezes de jeans e sem maquilhagem. Ficámos todas surpreendidas com a sua vitória. Muitas concorrentes fizeram imensos esforços, que não foram recompensados. Não sei, falta qualquer coisa ao seu temperamento. O facto de a competição ter sido realizada no Brasil teve de certeza alguma importância no resultado (Angola é uma antiga colónia de Portugal, assim como o Brasil)»
Para mim, seria muito difícil (como será com certeza para qualquer júri) nomear a mais bela entre as angolanas. Pelo simples facto de que todas elas são bonitas, com uma elegância natural no andar, no vestir, na sedução.
Nesse sentido, para mim todas as angolanas são "misses".
"Elegância". Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, Luanda, 2010
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