Há algum tempo, não muito, procurei saber o verdadeiro significado de "Filantropia"... Li vários ensaios e concluí que, apesar de me bater por causas que têm a ver com a dignidade e os direitos das pessoas, não tenho esse perfil. Não sou, decididamente um Filantropo. Sou demasiado egoísta para isso.
A minha aligeirada pesquisa conduziu-me inevitavelmente ao oposto daquilo que a motivou e esbarrei na "Misantropia"...
Ah! Aí senti-me mais retratado, apesar de não preencher todos os requisitos...
Sou, conclui, um "Misantropo moderado".
Nada que abone muito em meu favor, portanto, mas também não vem grande mal ao mundo por isso.
Esta breve introdução, vagamente filosófica, serve apenas para falar das "Redes Sociais" e, mais concretamente, do incontornável "Facebook" (FB).
Durante muito tempo ignorei-o.
Depois, continuei a ignorá-lo.
Até que um dia li, se não estou em erro numa edição online da "Exame Informática" que todos, sem excepção, deveriam ter conta no (FB) quanto mais não fosse para evitarem um "roubo de identidade" - e depois, o artigo fundamentava convincentemente essa teoria.
Convenceu-me, confesso.
Depois do meu registo levei muito tempo a investigar as potencialidades dessa gigante rede social. Sem grande entusiasmo, volto a confessar...
Contudo, e até porque a minha "ortodoxia" não é fulminante, lá fui encontrando algumas coisas interessantes no meio de muito lixo.
Encontrei, por exemplo, um Grupo "Amigos da Velha Guarda" da "malta" que, nos anos 80 (por aí) frequentava, como eu, a natação na piscina de Alvalade, em Luanda.
Perante as adversidades desses tempos foi um grupo unido, solidário, amigo. Isso foi bom e, por isso, já valeu a pena.
Já o "fazer novas amizades" diz-me muito pouco, senão nada. Pois se já é tão difícil criar e conservar verdadeiros amigos no quotidiano, impossível me parece fazê-los tendo como intermediário uma máquina com maior ou menor memória (RAM).
Uma vez que não posso mudar o (FB), passei a interpretar os convites de amizade como uma forma de expressão de gosto sobre o que ali publicamos ou comentamos. Nada mais.
E tenho publicado sobretudo fotografia. Aliás, era sobre a fotografia e o Facebook que eu queria escrever mas, para variar, meti-me em atalhos...
Descobri, ou por outra, fui convidado, a fazer parte de um grupo de fotógrafos que têm em comum a paixão pela "fotografia de rua" - o fotojornalismo, os instantâneos. O Grupo denomina-se «On Every Street» e dele fazem parte fotógrafos (as) de todo o mundo.
Poder-se-ia pensar que esse é apenas mais um grupo, com um conteúdo comum, mas, até pela diversidade, sem uma qualidade extraordinária. Engano puro!
Em muito poucos sítios, de publicação livre, vi e vejo fotografia com tanta qualidade (segundo os meus critérios, claro está.)
Edito aqui apenas cinco exemplos recentes, de autores distintos, com géneros fotográficos diferentes, para melhor ilustrar aquilo que antes afirmei:
Fotografia: Ian Howlett
Fotografia: Maria João Arcanjo
Fotografia: David Mar Quinto
Fotografia: Cal Colman
Fotografia: Irina Ivanova
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