Friday, May 08, 2009

Visita à Obra - Condomínio Adelaide, Luanda Sul, Angola - Abril 2009

O Conceito, os pressupostos e as diferentes tipologias do conjunto habitacional "Condomínio Adelaide" já foram AQUI descritos e suficientemente ilustrados.
No entanto passou algum tempo entre o Projecto de Execução, o Inicio da Obra e esta minha recente visita.
Em relação ao sítio (Luanda Sul) e mais concretamente ao Plano onde o lote do projecto se insere constatei um desenvolvimento num sentido contrário ao que era suposto.


Luanda Sul surgiu como uma área de expansão da super povoada cidade de Luanda e imaginava-se, por isso, uma vocação para a habitação unifamiliar ou em bandas e todo um conjunto de serviços de apoio. E foi assim que nasceram os primeiros empreendimentos nessa área da cidade; o Condomínio Atlântico foi um dos pioneiros. Vêm-se agora, não longe deste local, construidos ou em construção, edifícios de muitos pisos e dos mais variados "feitios"...

O conceito de condomínio é para mim, e para muita gente, um conceito contraditório num país onde se pretende diminuir as desigualdades e as injustiças sociais. No entanto, o argumento da segurança ainda é determinante sobretudo quando se trata de criar habitação dirigida a classe alta ou aos muitos empresários, técnicos e investidores estrangeiros que procuram fixar-se em Luanda. O "Condomínio privado" parece-me, portanto, incontornável nos anos mais próximos..
A questão neste caso passou mais por criar um conceito diferente de condomínio.

Resumindo: Abdicar de uma enorme faixa central do terreno para aí fazer um parque ajardinado que pode ser acedido a partir de qualquer jardim das habitações privadas;
Limitar a circulação dos automóveis à periferia do lote, criando uma via de circulação a partir da qual se acede directamente às garagens das habitações;
Propor duas tipologias de base (uma em banda e uma de moradias isoladas) possibilitando formas de habitar distintas.
Criar espaços comuns de lazer.
Relativamente ao projecto de Execução houve a necessidade de converter o edifício denominado C.D.02 numa tipologia de habitação semelhante às restantes da banda "C", sendo trabalhada como remate de topo desse corpo.
O volume C.D. 01, próximo da piscina "grande" foi também objecto de uma reformulação com vista a rentabilizar o investimento; passou a manter as funções de cafetaria e sala de condóminos no piso térreo, albergando agora, no piso superior, um sofisticado apartamento com acesso independente a partir da rua.

Segue-se um conjunto de fotografias pela ordem que as tirei na visita que fiz a obra:


























1 comment:

Miguel Krippahl said...

Deu bastante menos trabalho a modelar virtualmente.