Igreja Matriz de Oeiras vista da rua Febus Moniz. Foto: Gad, 2009
As ruas estreitas são interrompidas frequentemente por simpáticos largos ou simples "lugares",
A habitação, maioritariamente em pequenas moradias ocupa ruas pacatas e distintas das preenchidas pelo comércio local, bastante diversificado na oferta.
Durante o dia o movimento é o normal; as pessoas que vão e vêm da Estação da CP, os locais (em grande parte idosos) com os seus carrinhos de compras, os jovens na ida e vinda das aulas e os carros, muitos.
Quando o sol se põe a Vila transfigura-se. Às 22:00 já se conto pelos dedos de uma mão as pessoas que comigo se cruzam nos meus rotineiros passeios nocturnos.
As potencialidades que o centro histórico tem para que haja VIDA, como em qualquer cidade espanhola, por exº, são completamente desprezadas.
Para além de pequenos grupos de jovens que se reúnem nos poucos cafés abertos depois das 8:00 ou nos bancos do largo da Igreja Matriz, não se vê mais ninguém, nem tão pouco um policia...
E esse "simples" factor contribui, na minha opinião, para a desertificação do espaço público e o consequente isolamento das pessoas nas suas "quatro paredes". Em 10 dias consecutivos em que saí entre as 11:00 e a o1:00 não vi um único policia. Nem sequer em frente ao edifício da Câmara Municipal de Oeiras. Confesso que se não andasse com o meu "fiel companheiro", motivo e argumento para alargadas caminhadas, talvez também pensasse duas vezes antes de sair de casa à noite, sozinho.
"A Espera"
Desenho: Gad. Esferográfica sobre papel 30x20 cm, 1990
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