Saturday, December 01, 2012

Os "desempregados" do amor



Os desempregados do Amor

 Os portugueses têm hoje no seu vocabulário palavras que, em tempos, não imaginavam; Crise, Economia, Alavancagem, Austeridade, contenção, empreendedorismo, etc.

Portugal agoniza e agoniza também o seu povo... A malfadada "Troika" e a governação servilista de Passos Coelho apertam o "laço" à volta dos nossos pescoços. (que palavra feia... Só agora me apercebi... - pescoços...).

Multiplicam-se, na televisão, as análises (macro) e (micro) económicas. Todas no mesmo sentido - sem sentido nenhum. Não há, de facto, sentido nem "sentir".

 O pragmatismo dos números e das evidências esmaga qualquer sentimento de esperança. Não há aquela "luz ao fundo do túnel"... Porque não há (ponto).

 Aquilo que não é mensurável, quantificável, não se analisa. Não dá jeito...

 Entre muitas outras coisas que deviam merecer alguma atenção por parte dos profissionais da "análise" devia estar - e não está - as "contra-indicações" deste viver nas relações entre as pessoas.

Apercebo-me, e não devo ser só eu, que a "Crise" tem um impacto violento nessas relações. A pior das crises - a "Crise de valores".

Por quantificar estão, sem dúvida, o número de separações passionais, de agressões, de maus-tratos.

Ninguém ainda "me disse" quantos casais com filhos se "desfizeram" no último ano. Uns porque "tinha de ser". Outros, porque um deles "fugiu" à procura de uma vida qualquer, num sítio "qualquer".
Continuando... a "Crise" tem um impacto que não é despiciente nas relações entre as pessoas; Eu sinto.
tu sentes, ele sente.

Impera, nessas relações, um certo "oportunismo" que nasce da incontornável necessidade de sobreviver. Para mim, essa é a pior das "Crises". A dos valores, a do amor. Hoje somos muitos, mesmo muitos os "desempregados do amor". Uma fatalidade, digo eu.



 


 

 

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