Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, Lisboa, Outubro 2012
Gosto dos Aeroportos como gosto das Áreas de Serviço nas auto-estradas...
Ambos desertos sem oásis.
Pragmáticos, servem para o que servem e nada mais.
E o que mais gosto nesses "não-sítios" é sentir a "solidão povoada"...
Gente, muita gente, todos diferentes, todos rendidos a um sonho qualquer.
E apesar dessa "tanta gente" ali sinto um silêncio profundo, verdadeiro, apaziguador.
Entretenho-me a "descobrir" essas pessoas, a tentar adivinhar os seus destinos, as suas ambições, os seus motivos...
Para onde vão? O que os espera? O que os move?
Anestesiado por esses pensamentos esqueço-me do meu. Há! , pois é!... Também eu tenho um destino...
Adormeço "por dentro" até ao momento em que uma voz anónima, saída dos altifalantes, me acorda e me lembra que chegou a hora de seguir a minha viagem. Pois...
(Gonçalo Afonso Dias, Outubro de 2012)
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