Wednesday, July 11, 2012
O dia em que conheci o Paulo Flores
Sexta-feira, 06 de Julho, Hotel Skyna, Luanda
Acordei cedo (para os hábitos de Portugal). Às 8 horas já estava sentado na sala de pequenos-almoços do "Skyna" com um sumo de manga e um café expresso duplo para "abrir as hostilidades" de mais um dia que prometia ser desgastante.
Estava fresco, é a altura do Cacimbo - está-se bem de t-shirt durante o dia mas à noite um agasalho já sabe bem.
Entre o café, o sumo e os meus pensamentos reconheci um homem que tomava o seu "matabicho" tranquilamente, uma ou duas meses à frente.
Nada o distingui de qualquer outra das pessoas que ali estavam. Vestido de forma simples, discreto, ia bebendo o seu café, sem pressa.
Mas aquela cara não me era estranha... já tinha visto muitas vezes... nas capas de álbuns do músico angolano que mais admiro: era o Paulo Flores em carne e osso.
Acordei! Aquela voz, as letras das suas músicas embalam muitas vezes os meus sonhos e as minhas memórias de Angola.
Num impulso levantei-me e fui ter com ele. Pedi desculpa por interromper mas... "Não é o Paulo Flores ?!" , disparei.
Sou, respondeu calmamente...
Confessei então o quanto admirava a sua voz e as suas músicas, disse-lhe que a minha preferida era a "Minha Velha".
Explicou-me que essa letra e essa música foram uma homenagem à avó que o criou, que fez dele um homem.
_Tenho todos os seus álbuns! disse.
_Eu não, desarmou-me com um fino humor...
Estendi-lhe o meu "caderno de viagem" e exclamei: "Não posso sair daqui sem um "carimbo seu !..."
Escreveu-me então uma pequena dedicatória que guardarei para sempre "Ao Gonçalo Dias com toda a amizade do Paulo Flores".
Assinou e datou esse autógrafo, para mim com tanto significado.
Agradeci com um aperto de mão. _"Obrigado Paulo!, até sempre."
_"De nada Gonçalo" respondeu.
Depois cada um seguiu o seu caminho, até breve, espero.
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