«Eu não sou nada nem ninguém - sou um pouco de tudo o que quero ser, porém.»
(GAD, 03-2012)
Em cima à esquerda: Benguela, Angola, 1967 - Fotografia de Carlos Afonso Dias.
Em cima à direita: auto-retrato no atelier - S. Pedro Estoril, 2008
Em baixo: auto-retrato, Porto 2010
Eu
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
(Florbela Espanca)
Nota: "Annemarie Schwarzenback (1908-1942) efectuou, ao longo da sua breve vida, reportagens fotográficas sempre ligadas a vários ensaios ficcionais ou jornalísticos. Escrever era a terapia contra a sua angústia e dolorosas crises depressivas.
Vale a pena conhecer a obra literária e fotográfica que Annemarie deixou. Aconselho vivamente e compra ou a consulta do livro «Annemarie Schwarzenback (1908-1942)» - Auto- Retratos do MUNDO - à venda nas melhores livrarias.
Nota: "Annemarie Schwarzenback (1908-1942) efectuou, ao longo da sua breve vida, reportagens fotográficas sempre ligadas a vários ensaios ficcionais ou jornalísticos. Escrever era a terapia contra a sua angústia e dolorosas crises depressivas.
(Tinta da China Edições)
Annemarie Schwarzenback
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