Alemanha impõe a Atenas perda de soberania para novo resgate
A Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um comissário do Orçamento da Zona Euro.
A Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um comissário do Orçamento da Zona Euro, para que Atenas receba um segundo resgate de 130 mil milhões de euros, adianta o Financial Times.
Se todas as medidas ligadas aos impostos e às despesas forem decididas pela União Europeia (UE), o cheque de 130 mil milhões de euros para completar mais uma fase do resgate chega a Atenas.
A ideia da Alemanha é que a Grécia delegue as maiores competências orçamentais num comissário, em espécie de administrador que seria nomeado pelos ministros das Finanças do Eurogrupo e que teria o poder de veto sobre qualquer decisão ligada ao orçamento que não respeitasse as metas fixadas pelos credores europeus.
Atenas teria também de adoptar uma lei comprometendo-se a usar todas as receitas do estado para pagar a dívida.
Se este plano alemão avançar, para restabelecer a confiança dos mercados financeiros e de outros possíveis credores, em jeito de garantia futura, o governo grego terá de assumir que apenas fará face aos gastos correntes depois de ter a dívida coberta.
Clara Osório
A Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um comissário do Orçamento da Zona Euro, para que Atenas receba um segundo resgate de 130 mil milhões de euros, adianta o Financial Times.
Se todas as medidas ligadas aos impostos e às despesas forem decididas pela União Europeia (UE), o cheque de 130 mil milhões de euros para completar mais uma fase do resgate chega a Atenas.
A ideia da Alemanha é que a Grécia delegue as maiores competências orçamentais num comissário, em espécie de administrador que seria nomeado pelos ministros das Finanças do Eurogrupo e que teria o poder de veto sobre qualquer decisão ligada ao orçamento que não respeitasse as metas fixadas pelos credores europeus.
Atenas teria também de adoptar uma lei comprometendo-se a usar todas as receitas do estado para pagar a dívida.
Se este plano alemão avançar, para restabelecer a confiança dos mercados financeiros e de outros possíveis credores, em jeito de garantia futura, o governo grego terá de assumir que apenas fará face aos gastos correntes depois de ter a dívida coberta.
Clara Osório
vs...
Grécia recusa ceder soberania orçamental
A Grécia recusa ceder a sua soberania em matéria orçamental, como foi proposto pela Alemanha à Zona Euro, indicaram à agência France Presse (AFP) fontes governamentais gregas.
"A Grécia não discute essa eventualidade. Está fora de questão que nós aceitemos. Essas competências pertencem à soberania nacional", disse uma das fontes, após confirmar a existência de uma proposta, apresentada ao Eurogrupo, para um controlo europeu permanente do orçamento da Grécia.
Já hoje, uma fonte europeia em Frankfurt confirmara a notícia, avançada na sexta-feira pelo Financial Times, de que uma proposta desse género partira de um grupo de países, incluindo a Alemanha.
As fontes gregas acrescentaram que uma proposta semelhante tinha sido apresentada no ano passado por um dirigente holandês num encontro com o jornal Financial Times.
Um controlo orçamental grego como o que é proposto obrigaria a "mudanças nos tratados" europeus, afirmaram as fontes gregas citadas pela AFP.
Segundo a notícia do Financial Times, a Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um 'comissário do Orçamento' da Zona Euro. Esta seria uma condição para que Atenas receba um segundo resgate.
O jornal económico, que cita no seu sítio na Internet uma cópia de uma proposta de Berlim a que diz ter acedido, afirma que, desta forma, "o novo comissário 1/8da Zona Euro 3/8 teria o poder de vetar decisões orçamentais tomadas pelo governo grego se não estivessem em linha com os objetivos estabelecidos pelos credores internacionais".
O novo responsável, que seria nomeado pelos restantes ministros das Finanças do espaço do euro, teria a responsabilidade de supervisionar "todos os grandes blocos de despesas" do governo de Atenas.
O plano alemão evidencia a falta de confiança dos credores europeus em relação à Grécia.
Entretanto o (corta) relvas insiste:
Portugal não pode ser comparado com a Grécia, diz Relvas
Publicado hoje às 15:28
Questionado sobre as exigências da Alemanha de que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, o ministro sublinhou que Portugal está no bom caminho e que os dois casos não podem ser comparados.
«Ninguém faz comparações entre Portugal e a Grécia. Felizmente, para Portugal, é sinal que estamos a ir no bom caminho», afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares em Ansião.
«Há sete meses comparava-se Portugal com a Grécia. Hoje, o país foi capaz de dar um novo impulso e demonstrar que as situações difíceis se ultrapassam com políticas novas, exigência, austeridade e com muita seriedade», acrescentou.
Contudo... “Uma garrafa de vinho meio vazia também está meio cheia; mas uma meia mentira não será nunca uma meia verdade.” (Jean Cocteau)"
Um Cartoon muito "apropriado", retirado daqui
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