Saturday, November 26, 2011

Greve Geral - Foram muitos... e alguns os que ficaram muito desapontados...

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Novos, velhos, trabalhadores, desempregados, reformados, indignados.
Foram também muitos, sem dúvida, os que ficaram profundamente desapontados. Porque queriam ver Portugal a arder, como aconteceu e acontece na Grécia e em outros países em convulsão.
Os incidentes pontuais que ocorreram em frente à Assembleia da República não debilitaram, em nada, o notável civismo e o espírito democrático do protesto de ontem.
Por explicar ficam as motivações dos poucos agitadores que tentaram, sem êxito, incendiar os ânimos dando, desse modo, o mote para o início de uma convulsão social descontrolada e com efeitos imprevisíveis.

Portugal não está livre de assistir a esse fenómeno contagioso. A Greve Geral pretendia, e conseguiu, unir e sensibilizar muitos milhares de portugueses para as grandes questões sociais e económicas que o Orçamento de Estado para 2012 levanta. Por outro lado, como em todos os protestos dessa dimensão, mostrou a força de um povo indignado e revoltado procurando, através do sindicalismo, abrir caminho para a negociação das medidas selvagens que atingem duramente toda a classe trabalhadora. Negociação que o governo de Passos Coelho recusa metodicamente, ostentando uma pose totalitarista, arrogante, digna de uma ditadura.

Não é preciso estar muito atento para perceber indícios de uma movimentação contra a democracia, que se tem, desde há algum tempo notando um pouco por todo o lado.


Em declarações avulsas ou de pessoas com responsabilidades e com o dever de respeitar o rumo da História, como foi o caso da autêntica provocação feita por Otelo Saraiva de Carvalho quando recentemente incitou criminosamente as Forças Armadas para um Golpe de Estado.
Na internet, com a divulgação e ameaças de um auto-denominado "Grupo 30 de Novembro".

Recentemente (não há coincidências) denunciei aqui uma ameaça que me foi dirigida via "Braganza Mothers" por um individuo que se apresenta como "O militar que também alinha" em que referia, precisamente, o dia 30 de Novembro como a data em que "iriam pôr ordem nesta choldra"...



Mencionei também, nesse post, o facto de esse indivíduo utilizar (ilegitimamente?! - já não sei e explico porquê***) a página oficial do site do Corpo de Fuzileiros como fundo do seu site pessoal.
Já tenho dúvidas em relação à referida legitimidade dessa apropriação para fins ilícitos.


***Na dúvida, denunciei o facto no próprio site do Corpo de Fuzileiros, num espaço dirigido a "Reclamações e Sugestões". Dirigi o e-mail/denúncia/reclamação (o que lhe quiserem chamar) ao Comandante desse organismo do exército e, estranhamente, não recebi qualquer resposta ou esclarecimento.


Estranhamente também, o dito "militar" continua on-line, com o mesmo perfil, usando o referido site. Estranho. Muito estranho mesmo...
Ou talvez não.
As autoridades portuguesas parecem não dar a devida importância, nem ter a atenção que têm outros países, em relação à utilização da internet como veículo privilegiado para a divulgação e mobilização de actividades criminosas.

Otelo ficou impune. Mário Soares branqueou hoje as declarações  golpistas de Saraiva de Carvalho com um paternalismo confrangedor (...) diz uns disparates mas tem bom coração.(...). Pois...






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