Pouco ou nada tenho aqui escrito, nos últimos tempos, sobre futebol. Sobre o Benfica, de que sou adepto e ainda menos sobre a "estrumeira" que envolveu a participação da Selecção Nacional e o seu ex-seleccionador - Carlos Queiroz.
No que se refere ao Benfica o meu silêncio é de expectativa. Acredito no trabalho de Jesus mas reconheço que a equipa está ainda longe da forma que a levou a conquistar o Campeonato Nacional no ano passado.
Carlos Queiroz (C.Q.) mereceu, ao longo da sua "era" vários posts, pouco "simpáticos" neste blogue.
Aos meus olhos, C.Q. nunca seria capaz de levar a selecção a parte alguma.
Depois da saída de Queiroz e da trapalhada e do desespero que levou a Federação e Madaíl a um inenarrável e grotesco episódio de uma eventual contratação de Mourinho em "part-time", qual salvador da Pátria, recebi a noticia do vínculo a Paulo Bento (P.B.) provocou em mim sentimentos contraditórios. Por um lado, fiquei satisfeito por se tratar de um português, ex-excelente jogador, com garra, com um conhecimento profundo do futebol, particularmente do "nosso", com poucas mas boas provas dadas à frente do Sporting. Por outro lado, temi que o seu carácter forte mas manifestamente quezilento (muitos "casos" passados com jogadores e algumas declarações insensatas) interferisse negativamente nas escolhas, no momento das convocações para a formação das equipas.
Ontem, vi o jogo de Portugal contra a Dinamarca, com a ansiedade que julgo ter sido partilhada por milhões de Portugueses.
Portugal estava "obrigado" a ganhar. Paulo Bento (nem imagino o que lhe ia na alma) estreava-se à frente da selecção, em condições adversas, sob uma pressão enorme, consciente (pela controvérsia que a sua nomeação gerou e que os media empolaram) dos muitos "arautos da desgraça" que desejam o seu infortúnio.
Independentemente do que vier a acontecer, (P.B.) deu uma lição de humildade, de coragem, mas sobretudo daquilo que é a essência do futebol - os jogadores, a quem, aliás atribuiu publicamente o mérito desta importante vitória.
Carlos Queiroz virá agora felicitar (P.B.) mas devia agradecer-lhe também a extraordinária lição de Futebol (real) que Paulo Bento lhe "ofereceu".
Os portadores da desgraça engoliram em seco e, "rastejantes" como sempre são, ficarão agora, e por enquanto, mudos.
Eu continuo na minha cordata expectativa e, como Mourinho em boa altura disse, se é o Paulo Bento o seleccionador então é "o melhor" e é ele e merece todo o nosso apoio.
Contudo, e depois do que vi ontem, acredito que o trabalho que (P.B.) continuará a fazer levará a Selecção a "Bom Porto".
No comments:
Post a Comment