Thursday, January 29, 2009

Desta vez os "outros" somos nós...

Estou convencido que grande parte dos portugueses só agora se começou a aperceber que esta "Crise" não é mais uma crise.

Apareceu, para os menos atentos às questões macro-económicas, de repente, com o final do ano de 2008, atenuada pela época festiva e pelo descrédito que fizeram por merecer os nossos governantes.

Mas não. Quando no início desta semana foram anunciados mais de 70.000 despedimentos só entre a Europa e os Estados Unidos, a realidade atingiu-nos como um murro no estômago.

De repente, aquilo que só acontecia "lá fora", entra-nos agora a todas as horas pela casa dentro, sob a forma de notícias que contam as centenas de despedimentos do dia ou as empresas que acabaram de fechar as portas.

E estamos ainda em Janeiro. Nota-se o pânico nas expressões dos Governantes, também eles escancarando a sua ignorância...

Atiram-se milhões para o ar (ou para a rua) 50.000.000 este ano, no mundo... para viabilizar empresas e economias.

Num apartamento na "ova América", um casal com "bilhete marcado" para a fila do desemprego, suicida-se matando os filhos também.

É o mundo a enlouquecer. O desespero de viver este "Momento Histórico"...

E por aqui, caras fechadas e muitas pessoas com papeis nas mãos. Reparem bem.

Toda a gente anda na rua com papeis nas mãos.

Os media ainda andam a inventar mais porcaria para o já tão "mal-cheiroso" Caso-Freeport;

É preciso porcaria para editar todos os dias.

É preciso porcaria para distrair as pessoas todos os dias.

A porcaria é a coisa mais bem gerida neste país. Uma dose por dia... «Esta noite toma lá com a empresa do Tio e do Primo (com ar de chulo) do Sócrates»; parece a gozar mas não é. A dita empresa dedicava-se ao webdesign e chamava-se, se bem me lembro, "Neurónio Único!" Como é que havia de se aguentar?! Se com dois (o Tico e o Teco) já é difícil...

"Consta" que amanhã fará sol. Ao menos isso!

Foto: Gad, 2008

1 comment:

Pedro Caldeira said...

Por favor que venha o Sol. Pode ser que a porcaria se derreta e desapareça.
A "crise" rebentou agora mas já estava à espreita, em Portugal, há muito tempo.
Abraço