Depois do polémico “Concurso” para escolher "O Maior Português" entre uma lista de 100 personalidades de diversas épocas, seguiu-se a eleição das “7 Maravilhas de Portugal”.
Simultaneamente o jornal O “Público”, com a mediocridade que já vai sendo a sua “imagem de marca”, lança uma “gracinha” a que chamou “Os 7 Horrores de Portugal”.
Enquanto as “7 Maravilhas” pertencem todas ao passado e são mais ou menos consensuais (dentro do estilo) os “7 Horrores” levantam, quanto a mim, outro tipo de questões;
Desde logo a selecção foi feita a partir da opinião (não fundamentada) de um grupo de sete “especialistas” maioritariamente arquitectos (6) alguns com responsabilidades e/ou cargos na Direcção da Ordem dos Arquitectos Portugueses (O-A).
A relação de proximidade e/ou cumplicidade entre a generalidade dos “sábios” escolhidos é confrangedora. A pressa com que esse jornal tentou tirar partido da iniciativa original também.
É de um indiscritível mau gosto e falta de bom-senso arquitectos em actividade, apontarem publicamente obras de colegas no âmbito de uma aparvalhada e interesseira escolha de “horrores arquitectónicos”.
O que é estranho é que, alguns deles até já foram amigos ou “próximos” dos seus (agora) alvos.
Mais estranho ainda é que até partilham interesses quando convém(basta analisar a lista dos nomes da Comissão de Honra da Candidatura “Unir Lisboa”).
Mais grave do que a tentação para o disparate é a clara violação do Regulamento Deontológico (artº 4) a que estão obrigados todos os arquitectos portugueses inscritos na O-A e em actividade.
Por fim, de entre os arquitectos “engraçados” com obra feita (parte deles “é mais é bolos”) nem todos podem cuspir para o ar já que assinaram obras que não destoariam dessa Lista Negra caso o “Júri” fosse menos homogéneo.
Não vou apontar casos particulares (vontade não me falta) para não dar crédito àqueles iluminados escribas que querem à força fazer da Blogosfera um “ninho de víboras”.
Agora que estão na moda os “processos em cima” não me admirava nada que, por exº, o arquitecto Tomaz Taveira , um dos “premiados” puxasse dos galões e entalasse os seus admiradores do “Público”. Bem vistas as coisas…
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3 comments:
Quando se faz um concurso onde se elege a cagadela em vez de se eleger o autor da mesma, logo por aí não pode ser um grande concurso, é que as cagadelas conseguem-se limpar agora quem as faz é muito mais dificil! Os amigos Ana Vaz Milheiro, Graça Dias, Jorge figueira e Walter Rossa também sabem fazer boas cagadelas mas claro que as deles cheiram bem! Se o Público tivesse escolhido o Taveira e amigos para fazer uma lista com certeza que o Estádio de Alvalade ou as Amoreiras não estariam nessa lista.
Em Portugal tudo funciona mal e o conceito de liberdade
varia conforme as conveniências, se o concurso fosse aberto ou seja sem uma lista prévia feita pelos iluminados deste país, então se calhar o resultado seria mais interessante, democrático, esclarecedor e claro mais divertido.
P.S. A referência ao termo cagadela = obra arquitectónica ñ pretende ser gratuita mas antes um elogio com saudade às palestras do Mestre Daciano Costa.
Amen, Gonçalo.
P.S: Parabéns pelas fotos.
Obrigado Lourenço! Deixa-me só vestir a batina e já te podes confessar...
Abraço,
Gonçalo
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