Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, 10/2012
Desde que aprendi a escrever mantenho um Diário.
Todas as pessoas deviam ter um Diário e "falar" com ele, contar-lhe tudo, registar sentimentos, momentos, paixões e desilusões. Confiar nele como se de o "Maior Amigo" se tratasse. E trata.
Nele colar fotografias, notas, recados, recordações que ilustrem os dias que se sucedem.
Assim, o Diário torna-se não só um confidente fiel como uma espécie de depoimento ilustrado da vida que se vou vivendo.
Numero todas as páginas dos meus pequenos "moleskines" - os meus Diários - e quando essas páginas se esgotam e o caderno chega aofim faço um índice do que ele contém, onde contém - para lá poder "voltar" quando quiser, quando precisar.
Assim, um dia, quando chegar a altura, escreverei com rigor e com verdade "As minhas memórias",
talvez na forma de uma "Banda Desenhada"...
Todas as pessoas deviam ter um Diário e todas as pessoas deviam também, quando chegasse a altura, deixar escritas as suas memórias, o registo das suas efémeras passagens por este mundo.
Porque todas as vidas são únicas, todas são importantes.
Todas as experiências que conferiram autenticidade, singularidade e conteúdo de todas as vidas são válidas e não deviam morrer "caladas".
Por outro lado, escrever conversando com o Diário, é uma terapia porque, enquanto se escreve se pensa, se reflecte, se analisa.
É por isso que eu hei-de ter sempre um Diário. E se não for eu a contar a minha passagem por aqui os meus filhos o farão.
É para eles que escrevo, todos os dias.
Gonçalo Afonso Dias,
23 de Outubro de 212
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