Thursday, June 07, 2012
Carlos Queiroz, Manuel José e os Velhos do Restelo
Carlos Queiroz: «Tentativa ridícula de transformar Seleção em circo»
Carlos Queiroz, ex-selecionador nacional, afirmou à TSF que não ficou surpreendido com as críticas de Manuel José e acrescentou que em 2010, antes do Mundial na África do Sul, quiseram fazer da "seleção um circo".
"Não me surpreende que as declarações do Manuel José possam ter fundamento porque eu próprio me confrontei com uma tentativa, muitas vezes absurda e até ridícula, de transformar a seleção num circo. Por exemplo, uma das iniciativas que me foi proposta antes do Mundial era a de eu escolher 22 jogadores e o 23.º jogador é escolhido pelo povo, e 'fazemos aqui uma festa gira, jeitosa, pomos a malta toda a votar'", afirmou. Queiroz garantiu ainda que chamou a atenção, quando estava na FPF, que determinadas ações eram "prejudiciais". Na altura, afirma, o presidente federativo, Gilberto Madaíl, ter-lhe-á dito que estava a meter-se com pessoas muito fortes. "Como me opus, mais tarde ele disse-me que essas pessoas estavam a dizer que eu tinha de ir embora" (Record)
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(GAD):
Carlos Queiroz, Manuel José e os "Velhos do Restelo"
O meu asco a Carlos Queiroz é antigo e já o exprimi aqui, aqui e aqui, ao longo dos últimos anos.
Manuel José é-me indiferente. Não simpatizo com ele mas até aqui não tinha grandes motivos para afirmar que é um homem de mal com a vida...
Num momento em que a selecção Nacional de Futebol se prepara para o primeiro jogo do Euro '2012, frente a um adversário tradicionalmente muito difícil e sempre candidato ao título, as críticas de ambos são tão pertinentes e assertivas como uma viola num velório...
Também não me pareceu apropriado o "festival" feito em torno da selecção na sua fase de preparação. Concordo, em grande parte com as críticas feitas.
Contudo, entendo que há momentos para a crítica contundente e outros em que essa é absolutamente destrutiva - como neste caso.
De Queiroz nada me surpreende. Um indivíduo arrogante, snob, convencido e que em pequeno, com certeza, nunca ouviu falar de humildade. As suas declarações são, no conteúdo, miseráveis... e na forma grotescas.
Mas isto diz muito, numa abordagem mais abrangente, da mesquinhez que caracteriza, em grande medida, os portugueses. Por isso, nunca vamos longe, em nada.
Acredito no sentimento que os jogadores da selecção e o seu "mister" Paulo Bento terão. Não bastava ter de enfrentar a petulância e o complexo de superioridade dos alemães... têm também de digerir e relativizar estes golpes de gente baixa.
Tal como eles, também eu tenho agora mais "ganas" de ver a nossa equipa mostrar no campo a sua indignação e dar uma lição - não seria a primeira - a essa "gentinha".
Acredito neles e vou torcer com todas as minhas forças para que o façam.
ACTUALIZAÇÃO: 2012-06-07:
Federação exige respeito e apela à união
Publicado hoje às 11:22
Humberto Coelho reagiu às críticas feitas nos últimos dias à seleção, exigindo respeito pelo trabalho da Federação e dos jogadores e apelando à união. «Que, a partir de agora, só se fale em futebol» foi o pedido do vice-presidente
Humberto Coelho não respondeu diretamente a Manuel José, nem aos outros treinadores que criticaram a federação e os jogadores, mas disse que «exige respeito aos que fazem parte da família do futebol».
O vice-presidente também admitiu que as críticas são normais no futebol, mas lembrou que estamos «a poucos dias» do início da competição.
Ao lado do diretor federativo João Vieira Pinto, o "vice" justificou a presença na sala de imprensa da equipa das "quinas", em Opalenica, Polónia, com a necessidade de "focar" as atenções no futebol e no jogo de estreia no Euro2012, frente à Alemanha, no sábado, na cidade ucraniana de Lviv.
«A FPF não deve responder assim que se critica a seleção. Nós analisámos tudo e na altura em que vamos começar o Euro2012, na véspera de o nosso selecionador e o nosso 'capitão' de equipa falarem, queremos que só se fale de futebol, porque eles são exímios faladores de futebol. Falámos hoje, por ser a véspera, e queremos salvaguardá-los e acho que foi o dia certo para fazer esta declaração», frisou o dirigente, admitindo que estas considerações «têm propósitos fora do contexto».
Na sequência de críticas do treinador Manuel José à preparação da equipa, em que repudiou uma excessiva componente social associada ao estágio, e depois de o ex-selecionador Carlos Queiroz ter aludido à pressão que os patrocinadores exercem, Humberto Coelho assegurou que a seleção lusa está a «cumprir» o plano de trabalho, no qual acredita, defendendo que, «com serenidade, serão cumpridos os objetivos» e que, «a dois dias do primeiro jogo, é importante a unificação».
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