Soares: Medidas de austeridade servem apenas aos «usurários» da troika
O ex-Presidente da República considerou que a economia pBOBOaralela, a criminalidade e a mortalidade dos idosos estão a aumentar em Portugal, mostrando-se indignado por as medidas de austeridade servirem apenas aos «usurários» da troika.
Mário Soares falava aos jornalistas depois de ter participado numa conferência promovida pelo deputado do CDS Ribeiro e Castro, subordinada ao tema "A Europa numa encruzilhada".
O ex-chefe de Estado traçou um cenário negro sobre a atual situação do país, dizendo que lhe custa ver muito a situação das pessoas no país.
«Ando na rua e falo com as pessoas. Estamos a assistir a um desenvolvimento imenso da economia paralela, ninguém paga impostos (como se viu), ou porque as pessoas não têm dinheiro para pagar ou porque não querem pagar, entendendo pura e simplesmente que já é demais», disse, antes de se referir outros alegados fenómenos de crise social existentes em Portugal.
«A criminalidade está subir de forma brutal, sobretudo os idosos estão a morrer e está-se a tirar as pessoas das suas casas por causa da renda. Então o Governo não tem responsabilidades perante as pessoas? São as pessoas que contam e não o dinheiro, que diabo», disse, elevando o seu tom de voz.
Soares mostrou-se ainda indignado por muitas das políticas antissociais servirem «para dar aos usurários da troika», mas afastou a possibilidade de Portugal deixar de pagar o resgate financeiro que acordou junto da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
A "MÁ NOTÍCIA":
Cavaco envia «calorosas felicitações» a Putin O Presidente da República enviou «calorosas felicitações» a Vladimir Putin pela vitória das presidenciais russas, considerando que durante o seu mandato serão encontradas novas oportunidades para reforçar a amizade e cooperação entre Portugal e a Rússia.
«Estou seguro de que, no decorrer do mandato de vossa excelência, os laços de longa amizade e de cooperação que unem os nossos países, encontrarão novas oportunidades para se reforçarem e expandirem, em benefício dos nossos dois povos», lê-se numa mensagem enviada pelo chefe de Estado português a Vladimir Putin e divulgada no "site' da Presidência da República.
Dirigindo ao presidente russo «calorosas felicitações e votos de sucesso no exercício das altas funções que é chamado a desempenhar», Cavaco Silva deixa ainda «desejos sinceros de felicidade pessoal» e de «prosperidade e progresso para o povo amigo da Rússia».
De acordo com os dados oficiais, Putin venceu as eleições presidenciais à primeira volta com 63,65 por cento depois de contados 99,8 por cento dos votos.
Os observadores da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE) consideraram que não foram garantidas condições iguais para todos os candidatos e que Putin foi beneficiado, conclusões que já foram rejeitadas entretanto pela Comissão Eleitoral russa.
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