É tempo de estar calado.
E tenho estado. No que respeita ao meu circulo profissional, (esvaziado que está de motivos de interesse), e, de uma forma mais abrangente, da minha própria condição de cidadão deste país decadente.
Paradoxalmente, é neste preciso momento em que tudo é objecto de enxovalho público
que, menos sentido faz, para mim, tecer quaisquer considerações sobre os assuntos julgados mais relevantes.
Em síntese, diria que neste momento nada é relevante, o que, por si só, constitui um facto de extrema e preocupante evidência.
Hoje, não faz qualquer sentido dizer mal dos políticos quando os próprios se encarregam, empenhadamente de o fazer.
Clamar pela Democracia e pelo Estado de Direito é agora um lugar-comum com "escritos" nas janelas.
Ouvi dizer hoje, na televisão, que provavelmente Portugal já "bateu no fundo" da Crise Internacional...
Mentira, claro está. Foi dito por um ministro... O super-ministro - O Teixeira, que arrebatou a pasta do outro (coitado) que, por não ter partido, e ter cornos, foi pelo governo enjeitado.
No fundo da crise...
É bom de ver para quem vai a votos. "agora é sempre a subir"!...
A experiência aconselha menos optimismo, e não são só os doutos economistas que o dizem. Qualquer um sabe que, quando se abeira de um poço e olha para baixo não lhe vê o fundo... apenas o reflexo da sua imagem na escassa água que ele tiver.
Mas, é tempo de estar calado.
Porque se adivinham tempos onde as palavras terão outros sentidos. Como já tiveram que ter.
Por aqui, continuo atento apesar do cansaço de ver o tempo a andar para trás.
Devia estas palavras àqueles (que apesar de tudo) continuam a visitar este "refúgio".
Thursday, July 16, 2009
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2 comments:
do fim do comunismo (por constitucional e democrático decreto) ao contaminado sangue "gay", sem esquecer as palavras rasgadas e as sempre oportunas "colagens" (da e na capital), partilha, solidário, (d)o teu silêncio
Obrigado AM. É bom re(ver-te) por aqui. Abraço.
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