Friday, March 30, 2012

30 de Março de 2012




A "BOA NOTICIA":
Código do Trabalho: Deputados socialistas contestam disciplina de voto
Na véspera da votação das alterações ao Código de Trabalho, cresce a contestação interna na bancada do PS, perante a disciplina de voto que impõe a abstenção. Os deputados José Lello, Francisco Assis, Isabel Moreira e Sérgio Sousa foram alguns dos que manifestaram a sua contestação.

O deputado socialista José Lello interroga-se se o PS estará a «fazer mais oposição ao anterior Governo ou ao presente Governo do PSD/CDS»e acusa a direção de António José Seguro de ter um «comportamento dual».

Confrontado com a resposta, no Facebook,do porta-voz do PS, João Ribeiro, onde este escreveu: «Infelizmente, para defender o passado e honrar a assinatura de José Sócrates temos de nos calar contra medidas inaceitáveis», José Lello acusou o porta-voz socialista de «criar uma interpretação do memorando que está bem para além daquilo que foi acordado com a 'troika'».

José Lello considera que «falando o porta-voz em nome do PS, (...) não toma as posições adequadas. As responsabilidades que o porta-voz tem deveriam dar-lhe um pouco mais de contenção, sendo certo que o PS neste momento está a ser atacado de uma forma boçal, tal como aconteceu no último congresso do PSD», afirmou o deputado que pertenceu à direção durante os governos de José Sócrates.

Também Francisco Assis, antigo líder parlamentar do PS, se demarcou da posição do porta-voz socialista.

Assis retomou, no Parlamento, o tom do artigo que hoje escreve, no jornal Público, considerando que «está em curso uma gigantesca operação de demonização» da ação dos governos socialistas nos últimos seis anos.


A "MÁ NOTICIA":
Aumento do desemprego vai custar mais 204 milhões em subsídios

A Segurança Social vai gastar mais 204 milhões de euros em subsídios de desemprego do que o inicialmente previsto no Orçamento do Estado para 2012 (OE 2012), devido ao aumento do número de desempregados.

Os dados constam da nota de apresentação do Orçamento Rectificativo para 2012, entregue esta quinta-feira na Assembleia da República, onde se lê que "o aumento de despesa prevista com o subsídio de desemprego" relativamente à versão original do orçamento vai ascender a 204 milhões de euros.

Este aumento deverá estar relacionado com o crescimento acima do previsto da taxa de desemprego.

Na versão original do OE 2012, o Governo previa uma taxa de 13,4% para este ano; ainda no último trimestre de 2011, a taxa chegou aos 14%, e há indicações de que continuou a crescer. O Governo prevê agora que a taxa em 2012 se cifre nos 14,5%.

A rubrica "subsídio de desemprego, apoio ao emprego, 'lay-off'" é de resto uma das únicas duas entre as despesas correntes da Segurança Social a sofrer alterações no orçamento rectificativo. A outra alteração é a inclusão do pagamento de pensões dos bancários, ao abrigo da transferência do respectivo fundo de pensões.

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